Fala-se muito, nos mais diversos ambientes, sobre liderança. Essa virtude tem raízes no início dos tempos. Jesus Cristo é sempre citado como um exemplo de líder, seguido por tantos outros nomes que entraram para a História. E quem são os líderes atuais realmente dignos desse título? Uma importante discussão é que, hoje, todos querem mandar (atenção, não é o mesmo que liderar!), mas não há espaço para tanto. O gigantesco desafio dos líderes contemporâneos é fazer com que as pessoas ao redor coloquem em prática o seu potencial, gerando progresso pessoal e profissional. O dito popular "manda quem pode, obedece quem tem juízo" já passou por mudanças - e vai continuar a ser reescrito a cada momento, no embalo de uma nova consciência sobre a vida na coletividade.

Ser líder exige determinação, disciplina, simplicidade, arriscar-se diariamente, tomar decisões rapidamente. Demanda respeito, ética, visão, divertir-se trabalhando, comunicar-se, entre inúmeras outras qualidades. As pessoas precisam receber orientação na caminhada rumo aos resultados almejados. Na arena corporativa, a competição global está cada vez mais acirrada e as companhias que conseguirem orquestrar seu capital intelectual serão as verdadeiras líderes de mercado. Os búfalos e os gansos nos ensinam maneiras diferentes de liderar. Os búfalos possuem um só líder. Quando os caçadores querem abater a manada, matam o líder, porque os outros ficam perdidos, esperando que o líder se levante para seguir conduzindo o grupo. Os gansos voam em V, a liderança muda com freqüência, com diferentes gansos revezando-se no trabalho de orientação do grupo.

Precisamos saber com urgência quem serão nossos líderes de amanhã. E se serão búfalos ou gansos, afinal. Políticos, empresários, executivos, comerciantes, prestadores de serviço, professores, músicos, jornalistas, entre tantos, podem transformar nosso dia-a-dia. Eles terão uma grande parcela de responsabilidade pela sustentabilidade e sobrevivência do planeta. A busca pela qualidade de vida, por educação, valores éticos e segurança passa por uma forte discussão de como conduzir nossa aldeia global para um destino menos tortuoso. Fazer a diferença depende de cada um. Muitas vezes, temos a oportunidade de liderar determinadas atividades, nos nossos espaços de trabalho e convivência, por exemplo. O desafio consiste em agregar algum valor para concluir a missão da melhor forma possível, deixando um mundo melhor para nossos seguidores. Assim como fez Jesus Cristo, nos dando a oportunidade de viver e continuar a sua obra.

Nota do Editor: César Döhler (cesar@dohler.com.br) é economista.