...porque ele deve ser aprovado no Congresso “irracional”
O capeta é o presidente do partido. Municipal, estadual ou nacional. Ele é um imoral, um amoral. Trocou de identidade em épocas menos cordiais. Dá tratos e bolas para a opinião pública. Cerca-se de falsários, pilantras, mafiosos e assessores de logística e contra-informação. Tem histórico de transporte de moedas estrangeiras em estranhos escaninhos. Mas é o presidente de um partido. Este alia-se com o secretário-geral do partido. Um aliado de horas obscuras e obscenas. Seria a amizade que a imprensa da editoria de política, hoje em dia, classifica como uma amizade geradora e formadora de quadrilhas. Observem como os cadernos e matérias de política tornaram-se, nos últimos anos, típicas matérias da editoria de Polícia. Quadrilha, Polícia Federal, inquéritos... Pois ambos, presidente e secretário-geral do partido, estão alucinados com a possibilidade de o Congresso Nacional aprovar o instituto das listas para a formação de chapas de candidatos aos futuros cargos legislativos. Epa. Mas... faltam-lhes votos, respeito, Moral, Dignidade, Ética, compostura. Se lhes faltam os votos, mudem-se as Leis, ora. Aí, o malandro-mor surge com a grande idéia: vamos filiar a Madre Teresa de Calcutá. Claro que o primeiro nome da famigerada lista será o do presidente do Partido. Claro que o segundo da lista será o secretário-geral. Madre Teresa de Calcutá estará inscrita na 58ª posição da lista, quando muito. A campanha começa e o tal partido "centraliza" toda a Mídia, toda a campanha, TV, Rádio, todos os recursos financeiros na divulgação dos méritos, do Humanismo, das ações caridosas, no altruísmo e no desprendimento da querida e bondosa Teresa de Calcutá. O povo, cordeirinho, aquele mesmo que acredita que o "homem" não sabia de nada, descarrega seus votos, num emocionante movimento cívico, em Madre Teresa. Contados os votos, reelegemos e sacramentamos a malandragem, o malandro-federal, nas palavras daquele antigo compositor popular... Elegemos a quadrilha. Esse é o instrumento da votação em listas, o mais novo golpe brotado na capital federal. Nota do Editor: Marco Iten (www.marcoiten.com) é jornalista, escritor, autor de livros de marketing político.
|