Conheça os riscos que você corre. Câncer de pele, manchas e queimaduras são ocorrências mais comuns do que se imagina
Não muito tempo atrás, o bronzeamento artificial era febre entre as brasileiras. Sem regulamentação, as pacientes eram expostas a riscos até então pouco conhecidos. Atualmente, o procedimento é certificado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e inspecionado por órgãos competentes e pelas próprias clínicas, que devem cumprir uma rígida legislação. Todo esse aparato, no entanto, não elimina os riscos do bronzeamento artificial. É este o alerta do Dr. Mário Grinblat, dermatologista do Hospital Albert Einstein, que desaconselha o procedimento em qualquer caso: "O bronzeamento artificial utiliza lâmpadas ultravioleta, que são prejudiciais à pele, e a exposição costuma ocorrer sem controle e adequação ao tipo de pele. O mais grave é que os riscos não se restringem ao aparecimento de manchas; a aplicação desmedida pode premeditar o surgimento de lesões pré-cancerosas", diz. Os problemas são maiores para quem tem a cútis clara ou com pintas, conforme explica o médico: "Quanto mais escura for a pele, maior será a resistência natural aos raios UV. Pessoas claras podem sofrer tanto quanto quando se expõem ao sol forte sem a devida proteção". Recentemente a universitária carioca Andréa Santos Lindner, de 34 anos, teve de suportar 40 cirurgias para retirar a pele queimada, em um processo conhecido por desbridamento. Ela teve queimaduras de segundo grau em mais de 90% do corpo após se submeter a duas sessões de bronzeamento artificial em março deste ano. Se ainda assim você insistir em se submeter a este procedimento para compensar a falta de sol no inverno, Grinblat deixa dois conselhos essenciais: "O procedimento deve ser feito sempre com o acompanhamento de um médico dermatologista, e o ideal é nunca abusar do sol após a exposição artificial, de modo a não causar sobreposição", conclui.
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