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SEÇÃO
Crônicas
21/07/2007 - 15h01
Vagão e locomotiva
Fábio de Lima
 

Chega um momento na vida de um HOMEM que é preciso deixar de ser vagão para ser locomotiva. Esta frase não é minha. Anos atrás a escutei de uma amiga, bem mais velha que eu, que dizia ser esta frase a favorita do seu, já falecido, marido. Guardei a frase comigo nos últimos anos. Usei a metáfora em alguns momentos da minha vida, fosse de forma teórica – fosse de forma prática. E, hoje, enquanto escrevo essas palavras, sinto que chegou a minha hora. De agora em diante deixarei de ser vagão para me tornar uma locomotiva.

Durante a vida se adia muita coisa. É fácil encontrar desculpas para os nossos medos e para os nossos fracassos. Difícil é encontrar coragem para se correr riscos e, mais difícil ainda, acertar em nossas decisões. Errei muito ao longo da vida. E antes de errar tive um medo paralisante inúmeras vezes. Fui um tolo. Mas aquele que não foi e que nunca sentiu medo pode atirar, em mim, sua primeira pedra. Um HOMEM é constituído de desafios e superações. Penso que nada disso acontece sem a presença constante do medo.

Para iniciar minha fase como locomotiva terei que, antes de qualquer coisa, aceitar a derrota. Aceitar que errei ao buscar a minha felicidade nos lugares e nas pessoas erradas. Sem culpar ninguém e sem fazer caça às bruxas devo mudar meus objetivos. Sempre fui um sonhador, um romântico, um poeta das palavras e das ações. No entanto, o mundo mudou muito e eu não soube acompanhar estas mudanças. Eu tenho que ser um HOMEM prático e deixar a teoria para os meus textos e meus devaneios da alta madrugada. Eu devo me olhar no espelho e enxergar quem eu sou e não quem eu sonho ser.

Nada do que estou falando é simples de ser colocado em prática. Terei que conviver com a dor em mudanças abruptas de comportamento. Mas será tudo uma escolha. Abrirei mão dos meus sonhos para viver minha realidade – seja ela boa ou ruim. Ao nascer e crescer alguns comemoram o talento, mas o talento sozinho é o primeiro fundamento do fracasso e da desilusão. Você, leitor amigo, já se olhou no espelho, com olhos de enxergar, para ver o HOMEM que você é?! Chega um momento na vida que é preciso deixar de ser vagão para ser locomotiva.


Nota do Editor: Fábio de Lima é jornalista e escritor ou “contador de histórias”, como prefere ser chamado. É Diretor de Programação da CINETVNET (www.cinetvnet.com.br), TV pela internet. Está escrevendo seu primeiro romance, DOCE DESESPERO.

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