Apesar de não ser 100% caiçara, estou solidária com a dor e a manifestação da família de Carmem Lucia. Conheci Ubatuba ainda jovem e, encantada com a cidade, a escolhi para construir meu lar e criar meus filhos, e consegui à custa de muito trabalho e esforço de toda a família, sem precisar puxar o saco de nenhum político. Estou falando isso, porque este é o MAL de Ubatuba. Por falta de uma administração digna, o povo, necessitando de uma qualidade de vida melhor, acaba apoiando aquele que lhe promete um cargo, um emprego, favores, sem se importar com os demais cidadãos. Na expectativa de MUDAR essa condição, muitos de nós apoiamos e votamos neste atual prefeito, que conseguiu enganar até seus aliados políticos. E nunca na história da Cidade, vimos e sentimos esse problema (protecionismos e favorecimentos) de uma maneira tão descarada e intensa. Que isso nos sirva de lição! Não me sinto menos caiçara do que ninguém que nasceu nesta cidade, pois se fizer as contas, maior parte da minha vida foi vivida aí. Ubatuba para mim seria como um filho adotivo, aquele que a gente escolheu para cuidar e amar como se fosse nosso, não importando se tem ou não nosso sangue. Porém, pelo fato de eu não ter antepassados na cidade, creio que se fosse eu ou alguém da minha família que tivesse morrido de dengue, talvez ninguém tivesse notado, muito menos conseguiria reunir pessoas para uma passeata. Acho que agora não é hora do povo (que MORA, TRABALHA e VOTA em Ubatuba) ficar dividido. É hora de UNIÃO! Todos têm direito a serem bem atendidos na nossa Santa Casa, seja 100% ou 0,01% caiçara, ninguém é melhor do que ninguém. Cidadã anônima
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