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Opinião
02/08/2007 - 08h03
Os pros e os contras
Áurea Rangel
 

O Governo de São Paulo lançou mais um programa visando a melhoria das condições das estradas no Estado. Agora é a vez do Pró Vicinais, que promete destinar R$ 457 milhões para recuperar mais de 150 vias que cortam 200 municípios paulistas, o equivalente a 2,1 mil quilômetros. Segundo a Secretaria Estadual de Planejamento, o investimento total do programa ficará em R$ 1,2 bilhão, com previsão de otimizar 100% das vicinais do Estado em três anos.

A idéia é nobre e necessária. Principalmente se levarmos em conta que muitas cidades do interior dependem enormemente destas estradas, em muitos casos mal pavimentadas e sinalizadas, fatores esses que funcionam como alavancadores de acidentes. A única questão a saber é se podemos confiar que este importante e necessário projeto não ficará apenas como uma manchete esquecida nos jornais. Porque o Brasil está repleto de projetos "Pró’s". Só no segmento de infra-estrutura viária, tivemos o Pró Sinal, o Pró Melhor, o Pró Estrada, o Pró Rodovias e o Pró Acesso, apenas para citar alguns, regionais ou nacionais. Nem todos foram adiante. Para citar um dos mais recentes, o Pró Sinal, lançado no ano passado, aguarda desde o início do ano a liberação do restante da verba para ter continuidade e não figurar como mais um programa eleitoreiro, uma espécie de Pró Lula 2006.

A série de projetos de todos os âmbitos destinados à melhoria da estrutura viária brasileira denota a mais pura e incontestável verdade: nossa malha viária pede socorro. No Brasil, que possui 1,7 milhão de quilômetros, o total de rodovias pavimentadas é de 165 mil quilômetros. E, deste total, apenas 22% têm manutenção considerada boa ou ótima. Segundo dados do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT), o transporte rodoviário representa cerca de 59%. Enquanto isso, o ferroviário fica na casa dos 23%. Nos Estados Unidos os percentuais são, respectivamente, de 24% e 40%. Mesmo se todas os "pró’s" das rodovias fossem integralmente completados, ainda assim a situação viária do País estaria longe de ser sanada.

E, quando falamos em situação viária precária, estamos falando tanto de acidentes que podem vitimar fatalmente os usuários, como da falta de condições ideais para o transporte de produtos, dificultando o escoamento das produções para os grandes centros, atravancando a economia. Precisamos sim que os "pró’s" saiam da teoria. Porque os contras são muitos.

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