Se há menos de uma década atrás você e o mundo adoravam o Altavista (www.av.com) - o precursor dos robôs de buscas criado pela Digital, fazia suas perguntas em linguagem natural diretamente ao mordono Jeeves do "Ask Jeeves" (www.askjeeves.com ) - que perdeu seu emprego, ou usava o excelente Lycos (www.lycos.com), sem falar no MSN Search (www.msnsearch.com) e Yahoo! (www.yahoo.com), que já faziam muito sucesso enquanto o Google (www.google.com) sequer engatinhava, você viveu para contar parte da história do começo do mercado de ferramentas de buscas da Internet. Como brasileiros, nesta mesma fase tivemos no Brasil as boas alternativas do Cadê? (www.cade.com.br), Aonde (www.aonde.com), além dos práticos metabuscadores da Família Miner (www.miner.com.br), Achei, Radix, TodoBR, BuscaSite, dentre muitos outros excelentes buscadores. Em meados de abril de 2000, tive a oportunidade de criar e lançar o portal Buscas.com.br (www.buscas.com.br) - que será re-ativado em dezembro de 2007 - com a proposta de reunir num só site, diversos links para mecanismos de buscas ao redor do mundo, com destaque para os brasileiros e portugueses. O brilhantismo daquela época estava centrado em projetos mirabolantes, com investidores e geeks que faziam um banner piscar com a crença de obtenção de altos retornos financeiros. Não participei nem do sucesso nem do estouro da bolha. Tudo isso passou, a Internet comercial amadureceu e chegou ao seu momento 2.0 - antes, o principal foco era a forma transmissiva da informação que agora dá lugar para a forma (muito) participativa. Na década de 1970, cientistas ativos no meio acadêmico já faziam uso da Rede de forma participativa, cientes que suas atividades focadas na colaboração, troca de dados e compartilhamento de informações sobre pesquisas, chegariam a resultados muito mais promissores, ao invés de tais conhecimentos permanecerem trancafiados em armários ou guardados numa pasta arquivo. De 1996 para 2006, a Internet passou de 30 milhões de usuários para mais de 1 bilhão. A geração e publicação de novos conteúdos apresentaram taxas de crescimento explosivas - não existirá uma solução única para consultar ou guardar tudo aquilo que existe de conteúdo em páginas web - a supremacia de uma ou outra ferramenta de busca não perdurará por muitos anos. Métodos tradicionais não mais atenderão a demanda na identificação e localização da informação que o usuário quer. Quais serão as novas perspectivas deste setor? Onde estarão as fontes corretas de informação que desejamos? Como chegar rápida e facilmente até elas? Há tempos, estudo o assunto e algumas poucas conclusões que já cheguei se resumem: aos empreendedores - insistam em colocar em prática suas idéias; aos usuários - evitem desconhecer ou sequer tentar utilizar opções alternativas de serviços de buscas, pois você poderá surpreender-se com o resultado; aos mecanismos líderes do setor e as empresas de mídia (publicações) - abram espaço para a discussão pública e ofereçam suas APIs (Application Program Interfaces) abertas para que sejam aperfeiçoadas e adaptadas por um exército de desenvolvedores. Todos receberão benefícios imediatos pelo feito. Na minha opinião, a abordagem deste assunto está embasada na tríade: busque, colabore e compartilhe - buscar a informação em fontes distintas; colaborar em filtrar adequadamente a informação e compartilhar o acesso desta informação já filtrada. Também quero participar desta discussão, como um empreendedor brasileiro, crente na inovação e em nosso capital intelectual. Juntos temos a capacidade de mostrar ao mundo o que podemos fazer para que as ferramentas de buscas aprendam com nosso conhecimento. Que tal você também participar deste desafio? Nota do Editor: Eduardo Favaretto é empresário, atua desde 1987 na área de Informática & Tecnologia. Participou do início da operação da Internet comercial no Brasil, em 1995, com o desenvolvimento e implantação de diversos projetos técnicos no mundo virtual. Nos últimos anos, como fundador do iBUSCAS, gestor de recursos e aplicações de softwares para Internet, dedica-se à criação de soluções disponíveis on-line baseadas no conceito de Web 2.0 e rede social.
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