Primeiramente, uma homenagem a todos os que lutaram e os que pereceram na luta pelo ideal da liberdade, em tempos obscuros que, espero, nunca mais retornem. Hoje, se podemos nos expressar livremente, devemos a estes tantos heróis. Muitos deles anônimos, que enfrentaram cárcere, tortura e, muitas vezes, a morte, para que este direito nos fosse assegurado. Então, com reverência e responsabilidade, vamos usufruir deste direito para explanar sobre alguns dos mais nobres sentimentos humanos: Amizade, Respeito e Fidelidade de Propósitos. A Amizade, o Respeito e a Fidelidade de Propósitos são sentimentos que devem estar presentes também, no mundo político, já tão desgastado por tantas malandragens, maracutaias e safadezas. Falando especialmente de Brasil, infelizmente continuamos a viver a máxima da "Lei de Gerson", que foi celebrizada numa campanha publicitária, onde o craque de futebol dizia que "tem que levar vantagem em tudo, certo?" A máxima passou a ser o paradigma dos que não têm caráter, dos que não tem respeito ao próximo. A frase passou a ser justificativa dos que foram eleitos pelo povo e o abandonaram, para se beneficiar das vantagens oferecidas pelo poder, deixando de fiscalizar as Máquinas Administrativas por causa de inconfessáveis interesses. Mas, deixando de lado a "banda podre", vamos nos concentrar nos idealistas, nos chamados "Dons Quixotes", nos sonhadores, que fazem o saudável e necessário contraponto e que acreditam em "Um sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha, mas o sonho que se sonha junto, é realidade". O Ideal, o Sonho, a Utopia são o vislumbre. Os pragmáticos dirão que a vida caminha sem eles, mas, sem este lampejo, sem esta luz, não há esperança. O Ideal, o Sonho e a Utopia são como faróis na noite escura. Este é o caminho certo, que nos levará ao bem comum, esperado, livrando-nos dos utilitaristas e adesivistas de plantão, daqueles que se utilizam de artifícios, de armações e artimanhas para roubar de nós estas bandeiras e utilizá-las como moedas de troca e de composição. Acredito que no dia, e, este dia não tardará, em que sem o nepotismo, o favoritismo e a legislação usada para interesses pessoais, teremos uma sociedade mais digna e justa. Benedito Moreira dos Santos (Ditinho)
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