Uma boa maneira de entender a existência é fazer sistematicamente pausas de alguns minutos durante o dia. Pare tudo o que estiver fazendo e situe-se. Sinta o seu eu, olhe para o seu redor, lembre-se que você está vivo. Diga não quando for necessário, não se sinta obrigado a concordar com tudo. Quem tenta agradar a todos sofre um enorme desgaste. É muito importante não se sentir culpado. Se você se imaginar imprescindível, esqueça. A vida anda sem a sua presença. Peça ajuda se necessitar. Apenas tenha o bom senso de pedir às pessoas certas. Elimine os problemas imaginários, atenha-se ao real. Tente descobrir o prazer das pequenas coisas do cotidiano como dormir, comer e tomar banho. Apenas lembre-se que isso não é o máximo que se pode conseguir na vida. É preciso ter sempre alguém em que se possa confiar e falar abertamente. Melhor se estiver próximo. Saiba a hora certa de sair de cena, de retirar-se do palco, de deixar a roda. Nunca perca o sentido da importância sutil de uma saída. Escute o seu coração, aja abertamente e com base na intuição. Esqueça se falaram mal de você. Não se atormente com esse lixo mental. Se falaram bem, escute, sempre mantendo reserva analítica e sem qualquer convencimento. Competir no lazer, no trabalho, na vida a dois, é ótimo... para quem quer ficar esgotado e perder o melhor. A rigidez é boa na pedra, não no homem. A ele cabe firmeza, o que é diferente. A sabedoria não é obtida gratuitamente. É preciso esforço e dedicação para atingir o conhecimento.
Nota do Editor: Sidney Borges é jornalista e trabalhou na Rede Globo, Rede Record, Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo (Suplemento Marinha Mercante) Revista Voar, Revista Ícaro etc. Atualmente colabora com: O Guaruçá, Correio do Litoral, Observatório da Imprensa e Caros Amigos (sites); Lojas Murray, Sidney Borges e Ubatuba Víbora (blogs).
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