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Opinião
16/08/2007 - 14h11
Charanga dos sacripantas
Ubiratan Iorio - Parlata
 

O lulopetismo, hoje incrustado no Estado, sempre teve o totalitarismo socialista de Cuba como objetivo de longo prazo, a ser imposto ao povo brasileiro. Não é por outro motivo que, ao primeiro sinal de insatisfação popular com o presidente apedeuta - aquele que não ouve com os ouvidos, mas com as "orelhas" -, recorre logo à surrada artimanha do contra-ataque, acusando a exaurida classe média de tramar um "golpe de direita", que é como tenta desqualificar o movimento "Cansei". Não é por outra razão que está criando uma rede de televisão estatal, desperdiçando recursos escassos, subtraídos da educação analfabeta, da saúde doente, da segurança insegura e da infra-estrutura desestruturada, para formar uma rede oficial de exaltação ao regime e ao líder iletrado, para mostrá-los, respectivamente, como o Éden e o Descobridor. Não é por outro intuito que o seu ex-ministro chefe da Casa Civil, relatado pelo Procurador da República como formador de quadrilha, defende, aqui mesmo no pluralista JB, aberrações como o Conselho Nacional de Jornalismo e a Ancinav e sugere que o Estado precisa estabelecer um "controle social" (por parte da "sociedade dos seus amigos", decerto) sobre os meios de comunicação. Não é por outro escopo que repatria os pugilistas cubanos evadidos da delegação de seu país e aqui inexplicavelmente aprisionados por terem cometido o "crime" de desejarem abandonar a sua terra. E não é por outra causa que atribui os fracassos contundentes do governo a uma pretensa orquestração da "Grande Imprensa", que reputa de "conservadora".

Os sacripantas do lulopetismo - imitações das personagens violentas e de caráter fraco dos poemas Orlando Innamorato, de Matteo-Maria Boiardo (1434-1494) e Orlando Furioso, de Luigi Ariosto (1474-1533) -, que se arvoram em porta-vozes das "democracias populares", quando, na verdade, não passam de locutores do totalitarismo esquerdista, demonstram sobejamente, em cada discurso (começando pelas tolices presidenciais) ou declaração, em cada entrevista ou artigo, que não estão preparados para conviverem com a discordância verdadeiramente democrática. Karl Popper os desmascarou, em seu brilhante A Sociedade Aberta e Seus Inimigos, mas quem, "neste país", dá-se ao trabalho de estudar o grande filósofo e economista austríaco, se nem 1% dos que se dizem esquerdistas sequer leram o outro Karl, aquele do Das Kapital?

Lula e seus acólitos por interesse desrespeitam seguidamente o imenso contingente de cidadãos que, democraticamente, discordam deles e de seu modelo construtivista de país, que prima pela supremacia do Estado sobre os indivíduos. Assim, convocam a militância - esta, sim, teleguiada - contra a "direita" e a "imprensa", emulando com os nazistas, que lançavam a SS contra seus opositores e com Chávez, que joga irmãos contra irmãos. Por isso, qualquer atitude contrária ao governo é acusada de "tentativa de golpe" contra o melhor presidente desde que o infante D. Henrique, conforme a lenda, fundou, no Algarve, por volta de 1417, a Escola Náutica de Sagres... Seu ícone Fidel, pelo menos, já atingiu o estágio cínico-caquético-revolucionário que o dispensa de qualquer máscara: "oposição para que, se o povo está conosco"?

Os mesmos que, há poucos anos, vociferavam "fora Sarney", "fora Collor", "fora FMI", "fora FHC" e, de resto, "fora qualquer coisa", alegando que o faziam como "manifestações democráticas", ao ouvirem o primeiro "fora Lula", acusam-no de tentativa de golpe. Na charanga dos sacripantas, o vento que venta lá não pode ventar cá...

Quem viveu as agruras de um regime fechado - embora muito menos do que os idolatrados pelo lulopetismo - sabe que a melhor arma das sociedades abertas é o voto. Inácio da Silva deve governar (verbo que é mera força de expressão, pois desde 2003 o país espera por seu governo) até 31 de dezembro de 2010. Dois meses antes, não mais apenas cansados, mas exaustos, exangues, exânimes, estafados, estropiados, extenuados, falidos e mal pagos, por conta de sua incompetência apavorante e fanfarronice arrogante, a era das trevas acabará. Pelas urnas!


Nota do Editor: Ubiratan Iorio (www.ubirataniorio.org) é Doutor em Economia pela EPGE/FGV. Diretor da Faculdade de Ciências Econômicas da UERJ (2000/2003), Vice-Diretor da FCE/UERJ (1996/1999), Professor Adjunto do Departamento de Análise Econômica da FCE/UERJ, Professor do Mestrado da Faculdade de Economia e Finanças do IBMEC, Professor dos Cursos Especiais (MBA) da Fundação Getulio Vargas e da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Coordenador da Faculdade de Economia e Finanças do IBMEC (1995/1998), Pesquisador do IBMEC (1982/1994), Economista do IBRE/FGV (1973/1982). Presidente-Executivo do Centro Interdisciplinar de Ética e Economia Personalista (CIEEP). Diretor-Presidente da ITC - IORIO TREINAMENTO E CONSULTORIA.

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