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Opinião
18/08/2007 - 12h05
O novo papel do advogado no direito brasileiro
Melitha Novoa Prado
 

Advogar. Defender em Juízo. Defender, patrocinar. Interceder. Assim é definido o exercício da advocacia. Assim aprendemos na Faculdade e nos condicionamos a agir quando iniciamos a nossa carreira profissional.

Ao longo dos últimos anos, particularmente na área de consultoria jurídica preventiva, vislumbramos o crescimento do advogado nas negociações empresariais. De último consultado, o advogado passa a participar da estratégia comercial desde o início do projeto pretendido.

Façanha ou mérito, o advogado vem se insurgindo em diversas frentes. A sua função de consultor, antes de defensor, assume uma importância vital, num país revestido de uma burocracia irritante, de uma morosidade judicial incomensurável e um número de leis, decretos e portarias absurdo. Advogar nesse país é tão difícil e complicado como governá-lo. Mas a nossa vocação é inata. E por ser inata e própria de cada um não tem como ser desprezada e tão menos desperdiçada. Assim vamos adquirindo habilidades e aperfeiçoando qualidades para atender os nossos clientes. Interessante como assimilamos rapidamente o papel de confidentes, conselheiros e até de psicólogos. Essa é a pura realidade. Vamos nos inserindo de tal forma nas ansiedades, anseios e necessidades dos clientes, que acabamos por vezes palpitando e até criando novas opções e mecanismos para viabilização do projeto em questão.

A capacidade de entender a situação e os fatos dentro de um contexto maior, com uma visão mais ampla e complexa, proporciona ao advogado essa oportunidade de expandir a sua função, fazendo com que o interesse em cada projeto lhe proporcione o entusiasmo em estudar e adquirir maior conhecimento sobre o assunto, de forma a poder contribuir de uma forma mais objetiva e concreta. Obviamente que cada área possui suas particularidades. Mas uma coisa é certa. Advogar apenas para remediar é obsoleto.

Advogar hoje é muito mais prevenir, analisar, questionar, contemplar, polemizar e realizar. Riscos, vantagens e desvantagens de cada decisão empresarial são taxativamente analisadas pelo advogado. A opção é do cliente. A nossa função é tentar sempre encontrar a melhor forma legal de colocar o ovo em pé!!! Existem dificuldades, brechas, melhores e piores possibilidades; é isso que esperam de nós, advogados. Apresentar os caminhos existentes para se alcançar o objetivo. Eu, particularmente, até porque atuo numa área específica de varejo e Franchising, entendo que esse deveria ter sido sempre o objetivo do advogado. Logicamente que para algumas causas cíveis e criminais, bem como federais, o caminho a seguir é remediar. Mas mesmo assim, se a cultura do nosso país partisse do pressuposto da prevenção, utilizando os institutos de negociação e mediação, fatalmente teríamos um número muito menor de litígios na Justiça Comum. Cabe a nós advogados plantarmos a semente para isso. Fazendo da nossa carreira profissional uma forma de melhorar as relações humanas. Buscar o objetivo comum pela integração. Entender o outro lado como parte da situação ou fato. Enfim, partindo da defesa para o entendimento. Do patrocínio para a integração. Da intercessão para a conjunção.

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