Como eu dizia, eu morri! É estou morto! Foi um acidente, um horrível acidente. E se hoje estou morto é porque não respeitei a lei. Eu saí do serviço, eram mais ou menos cinco horas da tarde, quando me dirigi ao elevador. Apertei o botão esperando que o mesmo chegasse. É, sabe aquela plaquinha, daquela lei, “antes de entrar no elevador verifique se o mesmo encontra-se parado neste andar”?. Pois é, a essa plaquinha nunca dei muita importância e aí pof! O elevador estava demorando pra chegar, um rapaz atraente da empresa ao lado parou do meu lado. Eu distraia minha atenção entre o livro que eu estava lendo e os olhares desejosos que eu lançava ao volume que se formava na calça do belo rapaz. Pois bem, a porta do elevador abriu e eu segui meus instintos, me dirigi para onde eu tinha ouvido o barulho do aviso do elevador chegando e distraidamente entrei no elevador. Aliás, não, não cheguei a entrar no elevador, caí no vão. Foi uma queda bastante longa a propósito, mas, enfim, caí e me espatifei no buraco. E foi assim que eu morri. Fim! Nota do Editor: William Magalhães é jornalista.
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