"Apenas três. Em todo lugar que você vir esse número, saiba que ali existe uma maneira de cuidar do meio ambiente, das pessoas e do país." (Propaganda do Banco do Brasil) No site do Banco do Brasil consta uma peça publicitária de arrepiar a espinha de qualquer um que ainda não perdeu o juízo. O pretexto é sobre a sustentabilidade do meio-ambiente, e a propaganda estimula a prática de três ações diárias pelo planeta. A mensagem diz: "O planeta é todo seu; tome 3 atitudes por ele todos os dias". Na foto há uma garota vestindo uma camisa com um enorme número 3 estampado em destaque. Sustentabilidade e o número 3 na mesma mensagem: mera coincidência? Não é preciso ser adepto de teorias conspiratórias, tampouco ser algum especialista em neurolinguística, para associar essa propaganda da estatal com o desejo de boa parte dos petistas de emplacar um terceiro mandato presidencial para Lula. Conhecendo um pouco daquilo que essa turma é capaz, não desconfiar de uma propaganda subliminar em marcha seria pura ingenuidade. Na Venezuela, o grande amigo de Lula caminha para uma mudança constitucional que irá lhe permitir reeleições indefinidas. Chávez declarou abertamente que esse é o caminho para o socialismo. Tudo na Venezuela é mais direto que no Brasil, pois as instituições lá são mais capengas. Mas todos sabem que lá ocorre aquilo que a maioria dos aliados mais próximos de Lula desejaria para cá. O autoritarismo e o desprezo pela democracia estão fortemente enraizados nesses que outrora lutavam para instaurar uma revolução socialista no país, que seria transformado em uma enorme Cuba caso tivessem sucesso. As eleições são pura farsa para esses socialistas. Só o poder importa! Essa escandalosa propaganda através do Banco do Brasil apenas reforça a idéia de que governo não deve ser gestor de empresas, muito menos banqueiro. A esquerda, que adora condenar os banqueiros por nossos males, ignora que o maior banqueiro do país é o próprio governo. O uso de estatais como veículos políticos é algo antigo, que o PT de Lula apenas ampliou. A verdadeira solução é óbvia: privatizar essas empresas. Resta combinar com aqueles beneficiados pelo uso político delas à custa do povo. Que cão morde a mão que o alimenta? Nota do Editor: Rodrigo Constantino é economista formado pela PUC-RJ, com MBA de Finanças no IBMEC, trabalha no mercado financeiro desde 1997, como analista de empresas e depois administrador de portfolio. Autor de dois livros: Prisioneiros da Liberdade, e Estrela Cadente: As Contradições e Trapalhadas do PT, pela editora Soler. Está lançando o terceiro livro sobre as idéias de Ayn Rand, pela Documenta Histórica Editora. Membro fundador do Instituto Millenium. Articulista nos sites Diego Casagrande e Ratio pro Libertas, assim como para os Institutos Millenium e Liberal. Escreve para a Revista Voto-RS também. Possui um blog (rodrigoconstantino.blogspot.com) para a divulgação de seus artigos.
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