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Medicina e Saúde
28/08/2007 - 08h01
Mudança de sexo
Márcio Dantas de Menezes
 

Saiu nos jornais que o Sistema Único de Saúde (SUS) irá pagar cirurgias para mudança de sexo. Este é um assunto polêmico mas não é novo. O tema vem sendo discutido e estudado desde o início do século passado. Só para se ter uma idéia, em 1912 o médico Magnus Hirschfeld já sugeria a viabilidade de uma intervenção cirúrgica e hormonal em transexual.

Nos Estados Unidos a primeira cirurgia para mudança de sexo aconteceu em 1965, no Johns Hopkins Hospital, e foi autorizada pelo Tribunal de Baltimore.

No Brasil só em 1997 é que foram autorizadas as primeiras cirurgias. Antes disso o procedimento era considerado crime. O médico e cirurgião Roberto Farina, que morreu há alguns anos, foi um dos pioneiros no estudo e na realização de cirurgias de mudança de sexo, no país.

Atualmente um dos profissionais mais conceituados no Brasil, nesta área, é o médico Jalma Jurado, que esteve em Londrina em 1998 para uma palestra a convite da Sociedade Brasileira de Medicina Sexual.

Neste mesmo ano nós criamos no Paraná o primeiro Comitê de Identidade Sexual para avaliar os casos junto com a Universidade Tuiuti, indicar e acompanhar os procedimentos para mudança de sexo.

O fato do SUS custear as cirurgias é um grande avanço no Brasil pois são procedimentos caros e muitos dos que necessitam da cirurgia não teriam condições de pagar. Na Espanha, por exemplo, uma cirurgia para mudança de sexo não custa menos do que R$ 30 mil.

Você pode estar se perguntando como é feito a avaliação para que este procedimento não traga seqüelas futuras. Bom, é interessante esclarecer as diferenças entre homossexuais, travestis e transexuais. Em linhas gerais, o homossexual é aquele que está adaptado ao seu sexo, ele não quer mudar de gênero e tem atração por parceiros do mesmo sexo. O travesti é aquele que usa do fetichismo de se travestir para auferir prazer e às vezes lucro seja social ou financeiro. Já o transexual é o indivíduo que não está adaptado ao corpo. É como se estivesse aprisionado num corpo que não lhe diz respeito. Esta identificação ou falta dela é tão forte que traz sérios problemas emocionais para estas pessoas.

A possibilidade de ajudá-las através da mudança de sexo é uma vitória para elas e para a medicina. É a possibilidade de uma nova vida.


Nota do Editor: Márcio Dantas de Menezes é médico, palestrante e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Sexual. Contato pelo e-mail sexo_comportamento@hotmail.com ou através do telefone (43) 3336-8050.

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