A maior parte das doenças coronarianas, como derrame e infarto, estão relacionadas ao alto teor de colesterol no sangue. Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), realizada em 2005, concluiu que cerca de 20% dos adultos brasileiros possuem o nível de colesterol elevado. Ou seja, o mal atinge 1 em cada 5 pessoas no Brasil. Muitas pessoas ainda têm dúvida sobre o motivo do organismo sintetizar e até mesmo acumular o Colesterol Ruim se ele é tão maléfico à saúde. O fígado é o órgão responsável por sintetizar o Colesterol Bom e o ruim, e também por sintetizar a vitamina D, os sais biliares, os hormônios sexuais, além de outras substâncias. Segundo o cardiologista, professor e médico ortomolecular, Dr. Marcos Natividade, o fígado está programado para sintetizar o Colesterol Bom (HDL) por ele ser útil ao organismo. "Porém, se faltam nutrientes na hora da síntese, o fígado forma o Colesterol Ruim, ao invés do bom. O colesterol ruim se acumula nas artérias, causando danos graves", completa. A alimentação composta, por exemplo, de frituras e alimentos com gorduras saturadas contribui bastante para o aumento do colesterol ruim no sangue. Com o nível de colesterol elevado, o coração é obrigado a trabalhar mais por causa das placas de gordura que se acumulam. Uma pesquisa da Organização Mundial de Saúde (OMS) concluiu que as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em vários países. O que piora os casos é o fato de alguns organismos possuírem muitos Radicais Livres, que podem promover a oxidação do colesterol. Segundo o médico, seria como uma ’ferrugem’ que poderá ser depositada nos vasos sanguíneos e, com o passar do tempo, determinar um infarto e outras conseqüências vasculares. "Tomar medicamentos que diminuam o Colesterol Ruim é uma medida preventiva; no entanto, alguns remédios acabam baixando o nível de Colesterol Bom, que é essencial ao organismo", explica o Dr. Marcos. "As pessoas acreditam que um infarto acontece ’de repente’. As doenças graves do sistema cardiovascular só ocorrem em último caso, quando o organismo cansado, não consegue mais neutralizar tantas reações químicas negativas." Como o Colesterol alto também é resultado da má alimentação que gera desequilíbrio no organismo por falta de nutrientes, o tratamento ortomolecular é uma alternativa interessante para a retomada do equilíbrio pelo organismo. Não há proibições, mas é necessário repor os nutrientes necessários e aprender a comer de uma forma mais saudável. Como funciona a terapia ortomolecular nos casos de altos níveis de colesterol ruim? 1. É feita a reposição adequada dos nutrientes para que o fígado volte a sintetizar o Colesterol Bom. Assim, são ajudados pacientes cardíacos, mulheres com osteroporose e pessoas com indisposição sexual; 2. Há o combate aos Radicais Livres e à oxidação do Colesterol Ruim, que ficam como uma "ferrugem" no sangue obstruindo o bom funcionamento do organismo e causando as doenças do coração. Com esse procedimento também é possível promover melhora na memória, fadiga, irritação e outras disfunções do organismo; 3. É fornecido ao organismo o Colesterol Bom, através de cápsulas com óleo; 4. O paciente é orientado sobre quais os alimentos devem ser consumidos para que haja a reposição dos nutrientes necessários ao funcionamento normal do organismo; 5. A má absorção dos nutrientes é ocasionada por stress prolongado, ingestão excessiva de frituras ou medicamentos sem orientação médica. O tratamento ortomolecular também melhora a absorção intestinal, para que o organismo utilize o melhor dos alimentos e melhore o funcionamento do mesmo. "É importante que os pacientes façam dietas personalizas e sempre com a supervisão de um profissional da saúde, pois cada organismo apresenta um tipo de deficiência diferente. Por exemplo, alguns vão necessitar de Vitamina E, que reduz os ataques cardíacos em 75%; Vitamina C, responsável por combater os radicais livres; Cromo, necessário para funções da insulina (envolvida no equilíbrio das gorduras) no organismo; entre outros", completa o Dr. Marcos Natividade. "A terapia ortomolecular, ao trabalhar nas causas do desequilibro, promoverá não apenas a melhora do colesterol, mas trará melhor qualidade de vida, além da prevenção de doenças futuras".
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