• Infelizmente mais um adeus
É com grande pesar que nós da Associação Comercial de Ubatuba recebemos a notícia do falecimento de Nei Martins. Nei representou um exemplo notável de dedicação e paixão pela cultura caiçara. Que Deus dê força e conforte sua família com essa perda irreparável. Cristiane G. Zarpelão • Nota de pesar
A cultura de Ubatuba perdeu, nesta quarta-feira, um grande aliado. Nei Martins, nosso folclorista e um dos principais incentivadores da cultura caiçara, nos deixou... Durante várias décadas, Nei defendeu com paixão as tradições do povo ubatubense. Era ele quem animava e organizava grande parte das nossas comemorações, como a Festa de São Pedro, a Caiçarada, o Festival de Marchinhas, a peregrinação da Bandeira do Divino, a Folia de Reis e muitas outras festas, espalhadas por todo o município. Em todos esses eventos, seu maior objetivo era mostrar a riqueza da nossa cultura e impedir que esse patrimônio se perdesse em meio aos novos costumes. Sem dúvida, a perda para o município, para os familiares, amigos e colegas de trabalho é inestimável. Agora, a maior homenagem que podemos prestar a este grande amigo será dar continuidade ao seu trabalho, com o mesmo carinho e respeito à nossa cultura. Que Deus o acolha com alegria e dê conforto aos corações de todas as pessoas que o admiravam! “O Senhor é o meu pastor e nada me faltará; Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranqüilas” - Salmos 23:1 e 2 Sinceramente, Eduardo César, prefeito de Ubatuba • Nei Martins deixa saudades
É com tristeza que recebemos a notícia do falecimento de nosso amigo Nei Martins. Nei da cultura caiçara; do futebol dente de leite junto de Rubens Salles e "Tio Ciro"; da música e dos costumes tradicionais de Ubatuba. Agora eles estão eternamente ao lado do Criador formando um novo time. Aqui ficaram felizes lembranças. Agradecemos a você Nei por ter partilhado parte de sua vida conosco e também agradecemos a Deus pelo privilégio que nos foi dado de um dia ter tido você aqui. Diretório do PTB de Ubatuba • Lacuna
Nei Martins partiu. Um dia seremos nós e quando chegarmos ele estará nos esperando com notícias caiçaras. Ultimamente eu o encontrava na igrejinha do Itaguá, onde costumo comer pastéis aos domingos. Recomendo a todos, um domingo na Matriz e outro no Itaguá. Além dos pastéis há a chance de ganhar um bolo ou uma pizza no bingo. Depois um sorvete pertinho da Fundart, uma respirada na brisa marinha e as forças estão recompostas para o que der e vier na segunda-feira. Nei era um homem gentil e educado, essa é a imagem que guardo do pouco contato que tivemos onde prevaleceu a cordialidade, marca dos cavalheiros.
Sidney Borges • Querido Nei
Nossa Árvore Ubatuba perde uma das suas raízes principais. Cortaram a sua fertilidade, aliás, já a partir daquele Festival Regional “Gaivota de Prata”, nos idos anos 80. Os burocratas hipócritas do Município diminuíam o seu valor, pela inveja e pelo medo de serem ofuscados pela sua ação criadora, querido Nei Martins. Quantos projetos na sua gaveta, dignificadores que eram da nossa Cultura Caiçara, escondidos ou minimizados pela leitura medíocre dos holerites de plantão. Hoje, muitos se ocultaram no remorso de não enfrentar seu rosto tranqüilo no seu leito de morte. Suas mãos, com os dedos entrelaçados, pareciam de prata, como a sua Gaivota. Seu sofrimento foi breve, como se soubesse que logo se juntaria aos outros que, como você, também deram impulso às nossas festas populares. Quem não assistiu à pujança da Escola de Samba do Itaguá, a maravilhosa estirpe de um povo festeiro, que vem se diluindo na mediocridade dos condutores de nosso Turismo, que se esmeram por trazer navios de turistas. Eu penso que pretendem fazer roteiros “Gospel”, que é o único atrativo que sobrou para um povo que ficou triste. Miguel Angel Garcia Martinez Ubatuba, 05 de setembro de 2007. • E o Nei Martins nos deixou...
Mas não sem antes dedicar toda uma vida de trabalho devotado e dedicado empreendedorismo a todos nós, à cidade e, notadamente, àquelas figuras que ele, à sua maneira, acarinhava: os manifestantes da nossa cultura de raiz, como se diz, e dentre eles seus vários mestres. Cabe a nós, agora, dar continuidade. “Ciccillo era prefeito quando cheguei em Ubatuba”, me disse ele há pouco. Abraçou várias atividades como o futebol, organizando a LUF da qual fiz parte por sua grande influência. Criou a Escola de Samba Mocidade Alegre do Itaguá, sendo o Carnavalesco e Mestre de Bateria, além de seu maior animador. Em fevereiro de 1983 assumi a Prefeitura e o Nei foi trabalhar comigo, na cultura, com minha irmã Jony. Seu espírito positivo e “fazedor” sempre o acompanhou agregado à sua liderança natural. Colocou-se acima das críticas destrutivas que buscam penalizar os espíritos criativos; é o que resta aos recalcados, na busca do conforto espiritual que não conseguem ter, e a história está repleta desses tristes exemplos, mas não lhes reserva o bom humor de seus espaços. A cultura popular, e dentro dela a cultura caiçara, lhe deve muito. Foram trinta anos de envolvimento franco, sincero, maduro e entusiasta com os moradores das praias, dos sertões e de Ubatuba como um todo, com essa gente gloriosa que carrega nossas raízes, muitas vezes toscamente, desfilando expressões profundas da nossa pobrinha pátria. Nei, a grande poesia que você foi e será sempre, não terá palavras para dizê-la, mas o povo de Ubatuba a expressou magnificamente no comparecimento pleno à Igreja Matriz para, com olhos vermelhos e lágrimas límpidas, ver você pela última vez e abençoá-lo. São essas coisas, Nei Martins; essas coisas que ficam como patrimônio e exemplo. E é aí que você revive. Pedro Paulo Teixeira Pinto Presidente da Fundart Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba
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