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Crônicas
08/09/2007 - 19h02
Câmeras... AÇÃO!
Diana Carvalho
 

Alguns jogadores não satisfeitos com o piso salarial resolveram realizar uma pesquisa apontando quais são os profissionais mais bem pagos do mercado. Entre poucos, os que mais se destacaram foram os atores de televisão, mais especificamente os atores globais.

Indignados com o valor exorbitante em comparação à mão-de-obra oferecida, ou seja, os jogadores chegaram à conclusão que o que estava valendo mais era ser ator, afinal, trabalha-se pouco e ganha-se bem. Já eles, ralam, correm de um lado para o outro, dias sem ver a família, e, muitas vezes, são massacrados quando a mídia surge com o fantasma da "má fase".

Pois bem, após a reunião de cúpula, dois jogadores foram escolhidos para dar inicio ao movimento: "Seja jogador, seja ator." Restritos a lugares relacionados à pratica das artes, decidiram, então, atuar no seu habitat natural: O campo. Treinaram horas a fio, repetiram diversas vezes a mesma cena, foi um trabalho árduo, mas enfim, estavam prontos, preparados e fariam sua primeira estréia nos gramados, seriam observados e logo, logo, assinariam um contrato para a próxima novela das 8.

O grande dia chegou, arquibancadas lotadas, era dia de clássico. O jogo seguia 0 a 0, e como fora combinado, aos 20 minutos do primeiro tempo, ao se aproximar o jogador adversário, o jogador escolhido deu uma pirueta, caiu, rolou no campo e finalizou a cena com a mão esquerda sobre a canela, se contorcendo de dor. O juiz apitou e... mandou o jogador se levantar! O outro jogador escolhido se aproximou, encenou, dizendo, aos berros, que era falta pra cartão, mas, o juiz deu de ombros e mandou seguir o jogo.

No segundo tempo tentaram novamente, e nada. Exaustos, após o jogo, chegaram a uma conclusão: Não iriam desistir. Precisavam de alguém habilitado, algo como um técnico... Isso, um técnico de interpretação!

No dia seguinte se inscreveram na "Escola de Atores Wolf Maya", mas, exigiram sigilo absoluto, afinal era uma operação arriscada, treinavam, ou melhor, ensaiavam todos os dias da semana, exceto às quartas-feiras, não viam mais suas famílias, não saíam com os amigos, mas sabiam bem que um dia... um dia, seriam reconhecidos e todo o esforço seria recompensado.


Nota do Editor: Diana Carvalho é jornalista.

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