Esta semana parece decisiva não apenas para o senador Renan Calheiros: ela é decisiva para promover uma aproximação da sociedade com o Parlamento que a representa, é também decisiva para reverter os padrões de moralidade na vida pública. Não obstante a importância dos próximos dias, as manchetes dos três jornalões de domingo (9/9) referiam-se a um mundo que não parece o nosso. "Metade do país não faz exercício" proclamou a Folha de S.Paulo. "Sonegação de impostos equivale a 30% do PIB", lamentou o Estadão. "Congresso recebe nota 5,4 da elite parlamentar" constatou O Globo. Apesar do ar relaxado das primeiras páginas de domingo, tanto o governo como a classe política e, sobretudo, os jornalistas só pensam numa coisa: a votação da quarta-feira (12/9), quando será decidida a manutenção ou a cassação do mandato do presidente do Senado. É estranho que uma preocupação tão evidente não apareça nas manchetes. Será que a grande imprensa não quer acuar o Senado? Neste caso, a situação é ainda mais grave do que parece.
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