Casais com mais de 40 anos estão mais preocupados em dar e garantir prazer na relação sexual e melhorar o relacionamento. Para o casal, ser bom amante faz parte da busca da qualidade na atividade sexual
No dia 22 de setembro é comemorado o Dia dos Amantes, uma data que, para muitos, é momento para aguçar os desejos do casal. Ser amante é fazer tudo que for possível para saciar os desejos sexuais do parceiro, desde usar uma roupa especial até procurar tratamento para as disfunções relacionadas à vida sexual do casal. "Não podemos entender amante como aquele que comete um ato de traição. Se olharmos um dicionário, o primeiro significado da palavra amante é aquele que ama. Por isso demonstrar esse amor por meio de conversas para melhorar a relação, criatividade durante o relacionamento, entre outros atos, é essencial para a pessoa ser um amante sempre", explica o sexólogo e terapeuta sexual Eduardo Yabusaki. Hoje em dia, a busca pelo prazer completo no ato sexual deixou de ser tema em rodas de bate-papo somente de jovens. O público com mais de 40 anos está cada vez mais preocupado com a satisfação sexual, com a garantia da qualidade de vida do casal, o que demonstra que a preocupação em ser um bom amante não tem idade. Por isso muitas áreas estão se especializando em desenvolver produtos que ajudem essa fatia do mercado a se sentir à vontade com a pele, o corpo, o vestuário, a alimentação, entre outras formas de cuidados e bem-estar. Na área da saúde, por exemplo, existem medicamentos que ajudam a tratar disfunções que impactam diretamente a vida sexual do casal, como a diminuição de hormônios femininos (menopausa), a queda de testosterona nos homens (DAEM - Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino - ou Hipogonadismo) e a dificuldade de ereção. "Tratar dessas disfunções, nos tempos de hoje, é mais simples do que muitas pessoas imaginam. O primeiro passo é entender os sintomas e, depois, procurar ajuda médica. Para os homens isso é mais complicado pois, além de não terem a cultura de procurar um médico periodicamente, eles têm de derrubar o tabu de não reconhecer as fraquezas, quando o assunto é performance sexual, e buscar auxílio", afirma o urologista do Hospital Israelita Albert Einstein, Dr. Charles Rosenblatt. Estudos x qualidade de vida Para ajudar os homens a buscarem tratamento e soluções para as disfunções que afetam diretamente a qualidade da vida sexual, a indústria farmacêutica e os centros de pesquisas desenvolvem estudos contínuos para entender esse público e criar a solução mais eficaz e segura para a categoria. Em 2005, um estudo ouviu mais de 8 mil homens em diversos países das Américas e da Europa, sendo mil homens no Brasil, e criou um novo conceito para uma categoria preocupada com a qualidade de vida sexual, o homem vitalsexual. Ele tem, em média, 40 anos de idade e preocupa-se com a qualidade de vida sexual, com a qualidade de vida no relacionamento e acha muito importante proporcionar prazer à parceira. Mais da metade dos brasileiros (53%) se enquadram nesse conceito. "Esses dados demonstram que o homem está mais afetivo. Ele sente prazer em perceber que está proporcionando prazer à parceira. Isso é o que completa a relação sexual, ou seja, a valorização do vínculo e do relacionamento. É extremamente importante essa ligação pois favorecerá a satisfação e o prazer a dois", diz Eduardo Yabusaki. O empresário paulista R.G. (*), de 68 anos, afirma que começou a sentir cansaço, desânimo, falta de desejo sexual e dificuldade de ereção. Para ele, os sintomas eram de depressão e recusava-se a buscar tratamento. Quando iniciou um relacionamento com uma mulher mais nova, de 36 anos, foi incentivado por ela a procurar tratamento e descobriu que estava com redução do índice de testosterona no organismo (DAEM/Hipogonadismo). Hoje ele faz tratamento e afirma que a vida melhorou, não somente no lado conjugal. "Depois que passei a tratar meu problema hormonal e DE, não só minha vida sexual mudou, mas toda a convivência pessoal e social que tenho, junto com minha esposa, ficou melhor. Faço reposição hormonal injetável a cada três meses e, quando preciso, tomo Levitra ® para a relação sexual", afirma o empresário. O estudo foi desenvolvido pelo Instituto IPSOS e encomendado pela Bayer Schering Pharma, fabricante de Levitra ®, medicamento para o tratamento da dificuldade de ereção, e de Nebido ®, tratamento de reposição hormonal masculina, indicado para o Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM). O laboratório conta com uma área especializada no tratamento da saúde masculina. Parceiras Os estudos demonstraram que, além de buscar produtos e soluções para os distúrbios que atrapalham a saúde sexual do casal, os homens se preocupam com o que as parceiras pensam e como elas se sentem, ao enfrentar um problema de disfunção sexual no relacionamento. Pensando nisso, no final de 2006, a Bayer Schering Pharma divulgou um estudo semelhante ao do "homem vitalsexual", mas, dessa vez, ouviu as parceiras. Participaram da pesquisa mais de 14 mil mulheres, de 14 países, de todos os continentes, sendo mil brasileiras. A "mulher vitalsexual" tem mais de 40 anos, é independente, considera o sexo fundamental, quer espontaneidade na vida sexual, mais diálogo e acredita na importância da satisfação do parceiro. No Brasil, 54% das entrevistadas se encaixam no perfil da "mulher vital sexual" e 90% das brasileiras acreditam que a satisfação sexual do parceiro é essencial e importante para garantir o próprio prazer. "É importante percebermos que o casal deve estar alinhado nos desejos e objetivos do ato sexual e na vida a dois. Mas não podemos esquecer que a saúde física é importante, para que esse prazer seja completo para ambos", lembra Yabusaki. Quando o assunto é enfrentar os distúrbios relacionados à vida sexual, a mulher brasileira foi a que mais demonstrou preocupação com a dificuldade de ereção. 45% das mulheres brasileiras se sentem prejudicadas, quando o parceiro sofre de dificuldade de ereção freqüentemente, o maior índice entre todos os países pesquisados. "Tanto o homem quanto a mulher querem manter uma vida sexual ativa e atingir o orgasmo em todas as relações. Quando esse tema é discutido entre o casal, fica mais fácil encontrar a solução. A mulher é peça fundamental no relacionamento. Ela incentiva o homem a buscar tratamento e, com isso, garante a felicidade sexual aos dois", afirma o Dr. Rosenblatt. (*) A pedido do paciente, utilizamos apenas as iniciais de seu nome.
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