Doença inflamatória de causa desconhecida destrói juntas e pode levar a incapacidade física
O que você faria se não pudesse realizar tarefas simples como amarrar o cadarço do tênis, pentear o cabelo ou abrir uma torneira? Poucas pessoas sabem, mas a artrite reumatóide - doença inflamatória auto-imune crônica e progressiva que destrói as juntas do corpo - é mais comum do que se imagina: atinge mais de 1 milhão de brasileiros, que muitas vezes ficam impossibilitados de trabalhar e realizar atividades cotidianas. A doença, mais comum em mulheres, não pode ser evitada, mas o tratamento adequado pode melhorar a qualidade de vida dos pacientes. A artrite reumatóide (AR) caracteriza-se por intensa inflamação das juntas, provocada por substâncias inflamatórias, dentre elas, a interleucina 6 (IL-6), que destroem progressivamente a cartilagem e os ossos ao redor das juntas, causando dor, prejudicando sua função e limitando os movimentos. Além do comprometimento das juntas, ocorrem sintomas físicos, como cansaço intenso, decorrente da anemia que a doença provoca. Para os médicos, o maior problema é a demora para diagnosticar a doença, além da busca pela terapia ideal, pois a enfermidade exige tratamento contínuo. A AR não é hereditária nem contagiosa, mas estudos recentes mostram que a presença de alguns genes que regulam o sistema imunológico, podem estar relacionados a maior suscetibilidade ao desenvolvimento da doença. Os sintomas iniciais da AR são fadiga inexplicável, rigidez prolongada das juntas pela manhã, além de inchaço e vermelhidão. Esse quadro muitas vezes é confundido com o reumatismo comum, o que retarda o diagnóstico correto e o início precoce do tratamento. Apesar da artrite reumatóide não ter cura, os tratamentos para a doença estão cada vez mais avançados.
|