O senador Renan Calheiros, embora negando as acusações de ter usado um funcionário de seu gabinete, o assessor especial Francisco Escórnio, para armar um esquema de espionagem contra os senadores Marcondes Perillo e Demóstenes Torres, tomou a decisão de afastar o funcionário da função. Afinal, por que foi demitido Escórnio? Será que ele, ao contrário do disse Renan, tem "culpa no cartório"? Ou será que foi demitido injustamente, apenas para que Renan ganhasse um pouco mais de sobrevida no cargo? Espero que os senadores que formam a tropa de choque de Renan tenham aprendido a lição, percebendo que a solidariedade em relação aos aliados não é o forte da personalidade do presidente do Senado. Aliás, o primeiro exemplo já havia sido dado, quando o folclórico senador Wellington Salgado, que dedica a Renan uma fidelidade quase canina, ao ser apanhado em nova acusação de sonegação fiscal, foi totalmente abandonado pelo chefe, a quem tem defendido, mesmo quando a situação parece indefensável.
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