Parece que o cinismo e a falta de compromisso ético, tão presentes na classe política brasileira, estão contaminando diversos outros setores da população. Diante dos escândalos protagonizados pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, alguns segmentos da sociedade civil, que sempre foram pródigos em promoverem manifestações de repúdio a qualquer indício de corrupção, permanecem imóveis, assistindo pacientemente ao naufrágio do Congresso Nacional em um mar de lama. Esse é o caso, por exemplo, das entidades estudantis, que até agora permanecem omissas, tal como a UNE (União Nacional dos Estudantes), cuja presidente, Lúcia Stumpf, filiada ao PCdoB, abordada pela mídia, fez questão de manter neutralidade, declarando: "Se ao final das investigações, o senador for considerado culpado, vamos cobrar a punição necessária". Isso é uma vergonha! O fato é que hoje essas lideranças estudantis são exercidas por militantes "profissionais", a serviço de partidos políticos.
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