No início da década de 70, anos de chumbo da Ditadura, quando cursava Administração de Empresas na UFPE e fazia parte do Diretório Acadêmico, lembro-me da injúria causada por uma declaração do então ministro da Educação, Jarbas Passarinho, defendendo a tese de que ao invés de fazer linha dura contra os estudantes, o governo militar deveria simplesmente buscar meios de identificar e cooptar as lideranças, oferecendo-lhes benesses, a exemplo de bolsas de estudo no exterior, sob a premissa de que o combate ao movimento estudantil não era uma questão de força, mas de jeito. Na época, tomados por sonhos ideológicos, os estudantes reagiram com indignação e desprezo, mas hoje, com as entidades estudantis financeiramente sustentadas pelo governo petista, e dirigidas por inescrupulosos pelegos, todos a serviço de partidos políticos, verifica-se que a estratégia de Jarbas Passarinho é plenamente aplicável, desde que as lideranças estudantis, tais como as de agora, não tenham sonhos nem ideologias.
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