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Opinião
24/10/2007 - 16h21
Em quem acreditar?
Sylvia Romano
 

Houve um tempo, até recente, que a verdade de alguns líderes era incontestável, afinal eles eram líderes. No campo político, as verdades começaram a aparecer cotidianamente e, hoje, a palavra “político” é sinônimo de ladroagem, falsidade, hipocrisia e por aí afora. Ninguém mais acredita em nossos representantes, não existe melhor nem pior, são todos igualmente ruins. E os que não são acabam ficando, pois a engrenagem corrompida do sistema sempre é mais forte do que a boa intenção inicial - esta que não dura muito em razão da realidade de um sistema político devasso e cartorial. Quem consegue entrar faz tudo para não sair, pois o “botim” sempre é muito bom e não se conhece político ou ex-político pobre, só o são os idiotas.

No setor empresarial, nem se fala. Os escândalos acontecem cotidianamente. Só para relembrar os últimos basta citar alguns nomes, como Banco Santos, VARIG e, mais recentemente, CISCO, entre outro, que roubam clientes, funcionários e o governo, este último até que merecidamente, afinal como diz o dito popular, “ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão”.

No campo da religião, a veracidade também está cada vez mais arranhada. Antigamente curandeiros, pais-de-santo e adivinhos eram presos e até queimados por discordarem da verdade absoluta de uma religião muito mais corrupta do que as professadas por esses gurus do passado. Recentemente, tivemos um casal de “bispos” evangélicos pegos com a “boca na botija”, contrabandeando dólares que iriam aumentar as suas polpudas contas bancárias no exterior. Depois, um rabino também foi preso em flagrante surrupiando gravatas de grife em uma loja norte-americana e, agora, um padre debutou nas páginas policiais com uma história para “boi dormir”, denunciando uma chantagem que vinha sofrendo em função de uma acusação de pedofilia por alguns marginais, a quem vinha tentando ajudá-los há muito tempo, dando carro de luxo e dinheiro.

Pois é, hoje em dia não se pode mais confiar em nada nem ninguém. Honestidade, verdade, ética e respeito ficaram totalmente ultrapassados... Que mundo é este em que estamos sobrevivendo? Aonde vamos chegar? O que o futuro nos reserva? Como nossos filhos e netos conseguirão crescer e ser felizes?

Não sei não, mas pelo andar da carruagem, ou se muda tudo, ou todos vamos ter de aderir a esta nova realidade de valores e, assim, teremos de esquecer o que nos ensinaram como sendo “o certo” e partir para essa nova ordem, ou melhor, desordem, que é a realidade do momento. O difícil mesmo será mudar a moral sem modificar a ética interna das pessoas de bem, que a tem tão arraigada.


Nota do Editor: Sylvia Romano (www.sylviaromano.com.br) é advogada trabalhista, responsável pelo Sylvia Romano Consultores Associados, em São Paulo.

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