Na hora de tomarmos um medicamento sempre surge a dúvida: será que podemos tomar o genérico ao invés do medicamento de referência? E o manipulado, é realmente eficaz? Afinal, qual é a principal diferença entre eles?

"Tanto o medicamento genérico quanto o medicamento de referência ou de marca apresentam a mesma segurança e biodisponibilidade, contêm o mesmo princípio ativo na dose e forma farmacêutica e são administrados pela mesma via e com a mesma indicação terapêutica", explica a farmacêutica Samantha Nabinger, responsável pela farmácia magistral do Hospital Nossa Senhora das Graças.

Portanto, a história de que o medicamento de marca é mais eficaz do que o genérico é falsa. "Para conseguirem o registro pelo Ministério da Saúde e poderem ser fabricados e comercializados, os medicamentos genéricos devem ser submetidos ao teste de bioequivalência, que compara a eficácia clínica entre dois medicamentos", ressalta Samantha.

Além disso, não deve ser levada em conta a (falsa) idéia de que "se é mais caro, é melhor". Os medicamentos de marca são mais onerosos, primeiramente, porque necessitam de investimentos em pesquisa para serem desenvolvidos, além do investimento de marketing e propaganda para a divulgação do produto. "E isso não é necessário no caso dos medicamentos genéricos, que normalmente só são liberados para produção quando a patente do seu respectivo medicamento de referência é liberada", esclarece a farmacêutica.

No caso dos remédios manipulados, a grande vantagem, segundo Samantha, é a possibilidade de associar princípios ativos distintos na mesma fórmula, o que facilita a manipulação da dosagem ideal para o tratamento personalizado, adequando a fórmula às necessidades reais do paciente. "As Farmácias de Manipulação seguem uma legislação rigorosa, que prioriza o controle de qualidade e garante a qualidade dos produtos manipulados. A fiscalização da Vigilância Sanitária também é minuciosa, para detectar qualquer tipo de irregularidade".