10/09/2025  16h04
· Guia 2025     · O Guaruçá     · Cartões-postais     · Webmail     · Ubatuba            · · ·
O Guaruçá - Informação e Cultura
O GUARUÇÁ Índice d'O Guaruçá Colunistas SEÇÕES SERVIÇOS Biorritmo Busca n'O Guaruçá Expediente Home d'O Guaruçá
Acesso ao Sistema
Login
Senha

« Cadastro Gratuito »
SEÇÃO
Opinião
02/11/2007 - 07h27
Os mortos não morrem
Paiva Netto
 

A morte é um boato, conseqüentemente os mortos não morrem, incluídos os irmãos ateus materialistas. Diminuir a relevância desse fato, que atinge de forma inexorável os Seres Humanos, seria negar a realidade. Você não é obrigado a acreditar na sobrevivência dos Espíritos, nem que possam dirigir-se às criaturas terrestres, quando por permissão divina. Contudo, sua descrença não significa que eles não existam ou estejam condenados à mudez.

Diz Jesus, no Seu Evangelho, segundo Marcos, 12:27: "Deus é Deus de vivos, não de mortos. Como não credes nisto, andais muito enganados".

Esta afirmação - os mortos não morrem -, que a toda a Humanidade envolve, fiz colocar nos portais da Sala Egípcia do Templo da Boa Vontade (TBV), o monumento mais visitado da capital do Brasil, conforme a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico e Turismo (SDE).

Guardemos dos que partiram uma lembrança esclarecida, como no conselho de Ralph Chaplin (1887-1961): "Não lamente os mortos... Lamente a multidão, a multidão apática, os covardes e submissos, que vêem a grande angústia e as iniqüidades do mundo sem se atreverem a falar".

Os mortos, hoje, somos nós amanhã. Condenando-os ao "desaparecimento", por força de nossa descrença ou medo de enfrentar a Verdade, poderemos "decretar" o mesmo destino para toda a gente, atrasando sua evolução, até que, com maior esforço, se descubra que o grande equívoco da Humanidade é ainda crer que a morte seja o término de tudo.

Razão por que lhes trago, de Alziro Zarur (1914-1979), o ilustrativo e confortador Poema do Imortalista:

Dois de novembro é um dia, na verdade,
Rico em lições para quem sabe ver:
A maior ilusão é a realidade,
Já ensinava o excelente Paul Gibier.

Os vivos (pseudovivos) levam flores
E lágrimas aos mortos (pseudomortos);
E os mortos se comovem ante as dores
Dos vivos a trilhar caminhos tortos.

Legítimos defuntos, na ignorância
Desses espirituais, magnos assuntos,
Parece que inda estão em plena infância,
E vão homenagear falsos defuntos.

Não é preciso ser muito sagaz
Para sentir que a vida tem seus portos:
Um dia, o Cristo disse a um bom rapaz
“Que os mortos enterrassem os seus mortos”.

Amigos, por favor, não suponhais
Que a morte seja o fim de nossa vida;
A vida continua, não jungida
Aos círculos das rotas celestiais.

Os mortos não estão aí, cativos
Nos túmulos que tendes ante vós:
Os finados, agora, são os vivos;
Finados, mais ou menos, somos nós.

A morte não interrompe a Vida. Na Terra ou no Céu da Terra, persistimos em trilhar a existência perene.

Mas um esclarecimento se faz necessário: essa consciência de eternidade jamais pode ser vista como justificativa ao suicídio, que é uma ofensa ao Criador e à própria criatura.

Aos que descrêem: concedam-se o cientificamente consagrado direito à dúvida. E se a vida não cessa com a morte, hein?


Nota do Editor: Paiva Netto (paivanetto@uol.com.br) é jornalista, radialista e escritor. Diretor-Presidente da Legião da Boa Vontade.

PUBLICIDADE
ÚLTIMAS PUBLICAÇÕES SOBRE "OPINIÃO"Índice das publicações sobre "OPINIÃO"
31/12/2022 - 07h25 Pacificação nacional, o objetivo maior
30/12/2022 - 05h39 A destruição das nações
29/12/2022 - 06h35 A salvação pela mão grande do Estado?
28/12/2022 - 06h41 A guinada na privatização do Porto de Santos
27/12/2022 - 07h38 Tecnologia e o sequestro do livre arbítrio humano
26/12/2022 - 07h46 Tudo passa, mas a Nação continua, sempre...
· FALE CONOSCO · ANUNCIE AQUI · TERMOS DE USO ·
Copyright © 1998-2025, UbaWeb. Direitos Reservados.