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SEÇÃO
Crônicas
02/11/2007 - 09h02
O bofe e o Bope
Ruth Barros
 
Contos da Mula Manca

Tenho uma amiga que está saindo com um cara enrolado. Como se isso fosse pouco, tentou arrastá-lo para ver Tropa de Elite, filme sobre o qual tudo se falou, portanto vou poupar meus amados e escassos leitores de comentários sobre a película nessas mal-traçadas linhas. Vamos nos ater ao caso da fofa, que anunciou: "Vou levar o bofe para ver o Bope. E depois dou o bote", calculou interesseira, achando que depois do Wagner Moura, que abafa seja como vilão de novela seja como capitão do Bope (para quem não se lembra ou não viu, Bope é o Batalhão de Operações Especiais, a tropa de elite do título), ir rolar um grande clima.

Deu tudo errado. Pra começar, o cara não foi. "Ele ainda é daqueles jecas que alegam que não gostam de cinema nacional. Mas na verdade acho que é pura desculpa, o que ele não gosta mesmo acho que é de sair comigo, nunca rola ou é embaçado. O pior é que em vez de admitir isso simplesmente, talvez ele ache que eu vá ficar ofendida, ele fica fazendo planos de programas maravilhosos que nunca saem do lero".

Eu até dei razão ao enrolado. A maioria das mulheres gosta de um clima de romance, nem que seja um escurinho do cinema ao som de tiros de fuzil. Mas a danada da fofa é prática: "Olhe, MM (é assim que ela chama a mula manca), romance é bom quando existe e o nosso é restrito a quatro paredes, o que já tá pra lá de legal. Não vejo mal nenhum em ser objeto sexual, o problema é que não quero gastar energia e expectativa em inventar histórias e programas que não emplacam para o bofe ficar com a consciência tranqüila. Por que homem é tão complicado?"


Nota do Editor: Maria Ruth de Moraes e Barros, formada em Jornalismo pela UFMG, começou carreira em Paris, em 1983, como correspondente do Estado de Minas, enquanto estudava Literatura Francesa. De volta ao Brasil trabalhou em São Paulo na Folha, no Estado, TV Globo, TV Bandeirantes e Jornal da Tarde. Foi assessora de imprensa do Teatro Municipal e autora da coluna Diário da Perua, publicada pelo Estado de Minas e pela revista Flash, com o pseudônimo de Anabel Serranegra. É autora do livro "Os florais perversos de Madame de Sade" (Editora Rocco).

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