Lendo a notícia do achado brasileiro (*), lembro do que me contou uma velha senhora caiçara, tempos atrás: "A gente tava carpindo naquele calorão e ia beber água no riozinho. Tinha dia que era difícil engulí a água, mas o calor obrigava a beber, a gente não tinha outra. A água tinha gosto ruim e cheiro de querosene e manchas azuladas boiava na água... se ficava arrotando gosto de querosene o resto do dia." Eu a conheci há uns 5 anos, quando me contou isto. Faleceu com mais de 80 anos.
Contei isto num e-mail para a Petrobras que me mandou avisar noutra praça. Não o fiz mais. Maria Cruz Maranduba, Ubatuba, SP (*) Reservas da Petrobras podem passar de 20 bi de barris
As reservas das águas profundas na Bacia de Santos podem ultrapassar os 20 bilhões de barris de petróleo e gás, segundo estimativas de geólogos consultados pela reportagem do jornal O Estado de São Paulo. Além de Tupi, a Petrobras tem duas outras descobertas na região, o campo de Carioca, no bloco BM-S-9, e um poço no BM-S-10, ainda sem nome. O volume estimado de reservas é resultado de estudos da empresa de geologia HRT Solutions e do US Geological Service (USGS), órgão do governo americano, antes da confirmação do campo de Tupi. Entusiasta das buscas a reservas abaixo da camada de sal, o geólogo Márcio Mello, presidente da HRT, disse que estudos técnicos na região indicavam existir pelo menos 20 bilhões de barris de óleo e gás. Ainda em 2000, o USGS já falava em volume semelhante, tendo como base estudos probabilísticos. No ano passado, relatório da consultoria americana IHS afirmava que "as descobertas em Santos podem mudar a percepção sobre todas as bacias brasileiras". O texto indicava o Brasil como o país mais atrativo para a indústria de petróleo. A busca por petróleo abaixo da extensa camada de sal que separa a rocha geradora do petróleo brasileiro das reservas conhecidas atualmente, menos profundas, começou de forma tímida há cerca de três anos. Na época, a previsão de grandes reservas era vista com desconfiança pelo mercado. A Agência Nacional do Petróleo (ANP), porém, já levantava a possibilidade de haver uma "nova Bacia de Campos" abaixo das reservas conhecidas atualmente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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