Um novo enfoque
Nutrição é a ciência dos alimentos. Parece atualmente bastante procurada pelas pessoas que buscam saúde e a longevidade. A afirmação "Somos o que comemos" pode ser considerada fidedigna, no sentido em que os alimentos possuem em sua composição: elementos bioquímicos (micronutrientes) que combinados na alimentação, em quantidade e qualidade adequados vão compor um sangue "limpo", alcalino isento de acidez, toxinas ou excessos alimentares. Esse mesmo sangue é que vai nutrir todas as nossas células e tecidos. Nosso corpo é uma engrenagem perfeita de órgãos e funções. O metabolismo energético é diretamente ligado à nossa mente, aos nossos sentidos e emoções. Todos esses fatores interferem na produção de hormônios e enzimas que determinam o funcionamento do organismo. Seguindo esse raciocínio, o que vem primeiro: a mente ou a alimentação? Penso que não podemos separar os fatos, pois só a mente saudável cria a motivação, o equilíbrio e a consciência que vão levar o indivíduo a uma alimentação equilibrada. Atualmente, muitos artigos divulgam na mídia alimentos curativos, tais como a babosa, o kefir, a berinjela, a clorofila, entre outros, como depurativos (limpeza orgânica), antioxidantes, tônicos, antiinflamatórios etc. Alimentos isolados com funções curativas são muito bons, entretanto, realizar uma alimentação correta vai muito além disso. O estudo dos diversos sistemas alimentares evidencia que cada um deles, defende um princípio, a saber: O vegetarianismo, preconiza a substituição da proteína animal pela vegetal, mas como inseri-las e combiná-las com o cardápio total? A alimentação macrobiótica encontra o equilíbrio alimentar através da combinação adequada dos alimentos segundo o seu conteúdo energético (yin/yang) aliado a um sistema de vida. A alimentação unibiótica acredita nos alimentos crus (70%) aliados à prática de jejum matinal, muita ingestão de água, exercícios físicos e banhos desintoxicantes. A dieta da proteína (alimentação rica em proteínas e gorduras e pobre em carboidratos), promove a queima rápida das gorduras do corpo, gerando um rápido emagrecimento, ocasionando sérias conseqüências. Muitas outras correntes alimentares existem, encerrando em cada uma delas uma lógica própria. E aí perguntamos: qual é a certa? Ou qual a melhor? Qual devo seguir? A melhor opção é conhecer o que é Nutrição: saber quais são os nutrientes. Qual seu biótipo - seu metabolismo energético, necessidades calóricas. E... construir seu dia-a-dia com suas experiências e avaliação constante, conhecendo os alimentos em proporção e equivalência na alimentação. Ai a "tortura da proibição" ou "o auto-engano" podem se transformar em criatividade e bem estar: 1º Construir uma alimentação diária, 2º Saber substituir uma refeição por lanche, 3º Poder sair da dieta e descontar lá na frente, 4 º Fazer um dia na semana de desintoxicação, 5 º Preparar alimentos saudáveis, culinária integral, 6 º Utilizar alimentos que: a) melhorem a vitalidade, energia, b) promovam a queima de calorias e gorduras no sangue, c) excelentes para a digestão, d) ajudem a eliminação de líquidos retidos, e) ervas curativas (fitoterapia) etc. no processo de auto-cura. Acreditamos que praticar uma nutrição holística é conhecer o princípio do equilíbrio com todas as variações sem a busca de produtos milagrosos ou resultados imediatos. A alimentação equilibrada é o caminho da longevidade, saúde e felicidade. Nota do Editor: Valéria Symões é nutricionista, professora da UFF - especialização em saúde pública -, realizou cursos de nutrição, criou a corrente da nutrição holística, mestra de Reiki, massoterapeuta, alinhamento energético.
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