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11/11/2007 - 06h02
A ofensa "xis"
Marisa Gonçalves Leite Castilho
 

No Dia de Finados, entrei no cemitério para homenagear com flores, velas, cantos e orações, pessoas que foram muito importantes para mim e também para a cidade. Assim como eu e minha família, lá estavam centenas de fiéis católicos, que num ritual silencioso lembravam seus mortos, enchendo de saudades seus corações... por mortos de longa data, ou mortos ainda recentes... todos vivendo um momento espiritual muito intenso e reflexivo, em outras palavras "lavando a alma". É costume, depois de fazer as homenagens a entes queridos, visitar outros túmulos... homenagear, também outras pessoas, que um dia viveram entre nós, que fizeram parte da história de nossa cidade, que foram cidadãos, que pagaram impostos, que trabalharam, que formaram famílias, que contribuíram para o progresso de nossa cidade. Muitas pessoas simples, muitas pessoas importantes, muitas e muitas pessoas... homens, mulheres, jovens, idosos, crianças, adolescentes... todos que um dia viveram entre nós e que nos deixam muitas saudades... e nosso maior afeto e carinho é no "dia de todos os mortos" poder reverenciá-los... porém para muitos e principalmente para quem fez tal ato, esses sentimentos não significam nada, absolutamente nada... e o ato de MARCAR COM UM X túmulos, foi apenas uma forma administrativa de se trabalhar!!! Eu discordo absolutamente, e sei que existem muitas outras formas de se trabalhar, sem ofender o sentimento humano, este sentimento que nos faz ser o que somos e que determina o nosso caráter e a nossa dignidade. Todos sabemos que a morada eterna não é o cemitério, e está além de todas as nossas indagações entender o que acontece após a morte... porém a fé é que nos mantém direcionados e nos faz, sem dúvida, acreditar que um dia estaremos perto do PAI!!! Porém no cemitério jaz aquele que um dia com suas mãos, seus braços, suas pernas, seus pés, todos seus músculos, seus cabelos, fizeram as suas conquistas... com seus braços levantaram muitas construções, com suas mãos limparam muitas casas, com seus pés amassaram muitos barros, e seus músculos adoeceram pela força exercida... seus cabelos embranqueceram pelo tempo. No cemitério jaz alguém que com sua voz cantou muitas canções e cantigas de ninar... jaz alguém que adoeceu sem ao menos ter tido a chance de crescer... jaz alguém que morreu pequeno... jaz alguém que foi atropelado pelo tempo... enfim jaz alguém que é muito importante aos seus familiares e sempre o será... pois o amor, este sim é infinito... portanto deixo o meu recado a essas pessoas que fizeram isso, para que reflitam tal ato, que pensem a respeito do quanto o sentimento humano foi humilhado e desrespeitado e que saibam que tudo passa nesta vida, menos o amor, pois o amor é um sentimento nobre, que diferencia o bem do mal, o trigo do joio, e que nos lança efetivamente para a eternidade!!!

Marisa Gonçalves Leite Castilho
marisaleitecastilho@hotmail.com


Nota do Editor: O e-mail faz referência ao ocorrido no cemitério Santa Cruz, no Centro, em Ubatuba (SP).

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