Com efeito digestivo e hepatoprotetor, o boldo ajuda a desintoxicar o organismo
O verão chega e com eles começam os happy hours com os colegas de trabalho, as festas de final de ano, as comemorações na praia e, logo depois, o Carnaval. Mesmo quem não costuma tomar bebidas destiladas, drinks e vinhos acaba caindo em tentação nesses períodos. Os quitutes também acompanham as festas e, essa mistura, aliada aos exageros comuns da época, são os grandes vilões do ’dia seguinte’. Além da sensação do estômago embrulhado, parecendo que vai explodir, outras situações desagradáveis acompanham quem extrapola os limites do organismo. Boca seca, com gosto ruim, e os enjôos são sintomas da famosa ressaca. "Isso porque, quando o álcool é ingerido, ele vai direto para o fígado, por isso a sensação ruim que fica na boca é a indicação de que o organismo está intoxicado", explica a farmacêutica do Herbarium Laboratório Botânico, Larissa Balani Rocha. Para ajudar no processo de desintoxicação, de quem abusou de bebidas, gorduras e açúcares na festa da noite anterior, uma boa opção é recorrer ao conhecido "boldo". "Além de ajudar a diminuir a ressaca, o fitoterápico tem outras ações importantes, como antiespasmódica, o que ajuda a diminuir as cólicas, e tônica, em casos de distúrbios leves da função digestiva, como má digestão, gases, prisão de ventre e intolerância à gordura, aumentando e favorecendo o fluxo biliar", explica a especialista. Estudos científicos comprovaram que a boldina, principal substância ativa da planta, é uma das responsáveis pela eficácia das propriedades hepatoprotetoras e coleréticas do boldo, ou seja, faz bem ao fígado. Mas para muitas pessoas, o gosto do boldo pode não ser muito agradável. "Hoje já temos opções de medicamentos fitoterápicos no mercado, como o boldo disponível em cápsulas e que exerce os mesmos benefícios para o fígado e para o aparelho digestivo", comenta Larissa. Outro ponto importante é saber qual a variedade de boldo tomar. A planta medicinal que oferece as propriedades citadas é o Peumus boldus, que é chileno e raríssimo no Brasil. Portanto, é importante saber qual a variedade está sendo consumida, explica a farmacêutica. Por existirem tantas espécies de boldos, a melhor atitude é comprar um produto que seja autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ou comprar a planta em um local de confiança e que siga todas as normas de segurança. "Ao comprar um boldo em barraquinhas de feiras, por exemplo, o usuário não sabe se a planta é realmente aquela que ele precisa e se ela está livre de contaminações, o que pode complicar ainda mais os sintomas da ressaca", diz Larissa.
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