Imagino o tempo que Lulla gastou ensaiando as caras e bocas usadas no "improviso" em que, para justificar o fato de antes ser tão radicalmente contra a CPMF, e agora ser tão radicalmente a favor, fez uso de uma frase poética de Raul Seixas, dizendo-se uma metamorfose ambulante. Ufa! Até que enfim seu Lulla reconheceu sua camaleônica personalidade. Só ele, os aloprados do PT e os contumazes adesistas de governos de plantão ainda não tinham admitido essa sua faceta. Outros brasileiros, aqueles minimamente livres no pensar e/ou capazes de fazer uma análise crítica, já haviam chegado a essa conclusão sobre a maleabilidade no comportamento do "cumpanheiro". Afinal, essa característica tornou-se óbvia quando Lulla, logo após a eleição de 2002, não só aderiu descaradamente a política neoliberal de FHC, que tanto combatera em suas campanhas eleitorais, como deu início a um inexorável processo de aburguesamento pessoal. Só não vê quem não quer, por má fé, ou não pode, por ignorância.
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