O cheiro parecia doce. O vento o fez percorrer os caminhos que ali existiram. Tão pouco percebido, não se conseguia distinguir, podia ser nosso ou de algo passado. Aos olhares trocados, a cisma se rarefez, tornando-se solução para a rápida calmaria. Aumentava. Não sabíamos mais o que fazer. Deitamos, já desse jeito mesmo, o flutuar das folhas percorria as passagens mais fiéis, e as desastrosas, que, nossas vidas, ali, se contorciam. O ar amargava o suave pensar. O que era aquilo? Relaxamos. Favorecidos por uma rajada de vento e ilusão, todos se levantaram, e, no soluço da recuperação, puderam notar que o penetrante cheiro advinha de rastros que ficaram esquecidos, amontoados, calados por uma atmosfera de tamanha razão pelas coisas, de racionalidade feroz e voraz. No toar, a frieza de rascunhos antigos, acertou em cheio o que todos acharam não ser. Os ideais noturnos e soberanos de todos. Nota do Editor: Rafael Silvestre é jornalista.
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