Um desafio aos brasileiros que acompanham a fotografia do cotidiano reproduzida pela imprensa: coloquem suas idéias no papel e contribuam para o debate público. Vale a pena gastar uns minutos do seu dia registrando fatos e dados, um pouco da história e doses de reflexão que possam ser úteis quando transmitidas aos leitores. O Brasil é um país criativo, que tem potencial para gerar muitas e muitas páginas com pontos de vista que tragam os elementos necessários ao salto de qualidade e inovação do qual tanto necessitamos. Pesquisas comprovam que o cérebro humano absorve mais as notícias ruins do que as boas. Daí é necessário que cada indivíduo, em sua área de atuação e especialidade, procure exercitar a capacidade de "pensar" por meio de textos remetidos aos espaços que a mídia abre, como colunas de artigos e seções de cartas, nas quais as mais diversas correntes de opinião convivem de forma democrática. A lista de temas a abordar é enorme: vai da saúde à motivação, das pessoas à tecnologia, o que falta para a sociedade encontrar a paz e a sustentabilidade, a função do marketing moderno, questões de política e esportes, e por aí vai. Nestes tempos de interatividade virtual, todos têm à disposição um grande número de veículos nos quais sua "voz" pode ser ouvida, entre eles, os jornais, as revistas, os canais da internet (sites, blogs, Orkut, YouTube) etc. Precisamos utilizar mais essas possibilidades todas em benefício da coletividade. Não vamos deixar nas gavetas, armários e caixas de recordação os nossos pensamentos, as nossas virtudes, as nossas idéias criativas, que se transformam em textos preciosos que, em um círculo virtuoso, podem virar verdadeiros planos de ação para uma sociedade mais cidadã e justa. Cabe a todos nós participar da produção das próximas páginas que ainda estão por vir. Milhares de artigos como este estão sendo formatados e publicados, aproveitando o mar de possibilidades que a modernidade gerou. Quando a participação de formadores de opinião é acanhada, não se aproveita adequadamente o espaço disponível para as letras e se desperdiça uma excelente oportunidade. As ferramentas estão ao seu alcance. Que tal imprimir a "próxima página"? Boa leitura a todos. Nota do Editor: César Döhler (cesar@dohler.com.br) é economista.
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