A decisão tomada pela Receita Federal, ordenando que os bancos informem semestralmente todas as movimentações financeiras efetuadas por pessoas físicas (acima de R$5 mil) e pessoas jurídicas (acima de R$10 mil), demonstra o quanto foram dissimulados os argumentos utilizados pelo presidente Lulla, na tentativa de prorrogar a cobrança da CPMF. Em performances teatrais, dignas de um canastrão mexicano, o presidente Lulla insistia na tese de que só os sonegadores defendiam o fim da CPMF, para ficarem livres do controle sobre seus gastos. Só mesmo os aloprados petistas aceitaram como válida essa cínica argumentação, pois não é preciso ser nenhum gênio para saber que as movimentações financeiras poderiam ser monitoradas através de outros mecanismos de auditagem, ainda mais eficientes que a CPMF. Essa argumentação falaciosa de Lulla, criada para "enrolar" os incautos, é típica de um governo que privilegia a esperteza e o jeitinho, em detrimento da sabedoria e da ética.
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