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Opinião
02/01/2008 - 19h00
A nova eugenia
José Nivaldo Cordeiro - Parlata
 

Uma nova defesa da eugenia está tomando forma crescente e sub-reptícia, sem despertar maiores reações porque descarta os determinantes genéticos, tão repugnantes à memória coletiva. Tampouco apela para determinantes políticos, à moda de Hitler. É muito mais nefasta e impiedosa e está fundada em determinantes puramente econômicos, sendo os seus partidários os ateus das duas vertentes, a comunista e a liberal.

Em resumo, essa nova eugenia induz a população mais pobre à prática do aborto em larga escala, se possível sob o patrocínio do Estado, pois dessa forma pretendem que haja um enriquecimento geral pela eliminação da prole dos menos favorecidos pela sorte. A matança de pobres antes de nascer é a maneira encontrada por eles para melhorar os índices sócio-econômicos. Mate-se a população pobre e assim enriqueça a todos, é esse lema desses ímpios.

É como se pobreza não fosse uma mera acidentalidade na existência, que pode acontecer a qualquer um, no curso da sua vida em face das vicissitudes que podem advir. Essas acidentalidades não têm o poder de retirar a beleza e a sacralidade de cada vida individualmente. A matança dos inocentes é um sacrifício humano feito no altar da estupidez, um renascer das práticas bárbaras que o cristianismo havia superado de há muito.

Uma variante desse eugenismo econômico é a proposta de esterilização em massa dos homens e mulheres pobres. Para que praticar abortos se é possível a implantação do higiênico método da castração, tão comum e eficiente em animais? Essa gente não se dá conta do tamanho da monstruosidade moral subjacente a essa proposta. Os bens materiais são para os homens, não os homens para os bens materiais. A pobreza precisa ser minorada pela prosperidade, e não pela morte dos pobres. O objetivo dos bens é favorecer os homens, não o seu contrário. Matar homens para enriquecer a humanidade é o contra-senso mais demoníaco que já vi.

Por trás dessa visão de mundo está a falsa percepção de que não há vida eterna, não há sacralidade do seres, tudo se resumindo ao hedonismo. Se há pobreza, pensam essas mentes deformadas, ela deve ser corrigida pela via mais rápida, a erradicação dos pobres, como se gente pobre fosse uma peste a ser combatida usando-se do instrumento da solução final. Uso propositalmente a linguagem de Hitler porque essa nova eugenia em nada difere do eugenismo nazista, exceto pela abrangência: pobreza perpassa todos os grupos étnicos.

Combater idéias insanas dessa natureza é uma obrigação de qualquer cidadão consciente, venham elas de um comunista cego como o atual ministro da Saúde, venham de um liberal hedonista com a sua ética consequencialista. Ambos formam uma unidade, são irmãos siameses na abominação moral que prescreve o genocídio da prole dos pobres.

*

A pronta reação de Lula ao ímpeto da base petista de radicalizar o discurso contra a oposição por conta do fim da CPMF foi mais do que sensata, foi inteligente no mais alto grau. Em ano eleitoral não se pode afrontar o eleitor, uma obviedade. E isso me levou a pensar sobre como Lula amadurece e toma as suas decisões. Ele é sabidamente um homem limitado, mas tem atrás de si o comitê central do PT, envolvendo inteligências apuradas e preparadas, orientadas para a manutenção do partido no poder. O PT é o herdeiro do Partidão até nisso, com seu comitê central que toma as grandes decisões. Lula aparece porque é o seu relações públicas e seu cabo eleitoral.

Em resumo, não é a inteligência política de Lula que vemos quando ele toma decisões, mas a desse conjunto de pessoa, envolvendo provavelmente Marco Aurélio Garcia, Antonio Palocci, Quartim de Moraes, José Genoíno e José Dirceu. Talvez mesmo Luiz Gushiken. Certamente que Guido Mantega, não obstante o cargo que ocupa, não faz parte desse pequeno grupo de comandantes, daí ter sido pego no contrapé ao ouvir Lula lhe mandar calar a boca. De fato, os brasileiros não sabem quem são os governantes que estão nas sombras, uma característica dos partidos leninistas, uma característica do PT.


Nota do Editor: José Nivaldo Cordeiro (www.nivaldocordeiro.net) é executivo, nascido no Ceará. Reside atualmente em São Paulo. Declaradamente liberal, é um respeitado crítico das idéias coletivistas. É um dos mais relevantes articulistas nacionais do momento, escrevendo artigos diários para diversos jornais e sites nacionais. É Diretor da ANL - Associação Nacional de Livrarias.

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