O mundo parece ainda não ter atentado para o fenômeno que está ocorrendo na corrida presidencial norte-americana. Pela primeira vez na história, um cidadão de ascendência africana, nascido de um casamento entre um negro queniano e uma jovem branca, originária do Kansas, enquanto ambos estudavam na Universidade do Havaí, tem possibilidades de disputar, com reais condições de vitória, a Presidência dos Estados Unidos. Barack Hussein Obama, se sobreviver ao ódio racial enrustido em setores da sociedade, e garantir a indicação do Partido Democrata, estará prestes a romper paradigmas que até os mais otimistas promotores da igualdade racial previam que fossem quebrados apenas dentro de alguns anos, tornando-se o primeiro afro-americano a ocupar a chefia da Casa Branca. Com a vitória de Obama, estaremos diante de uma reviravolta histórica, pois até meados do século passado, em alguns estados norte-americanos, os negros sequer podiam freqüentar as mesmas escolas que os brancos.
|