A mais ácida crítica ao pacote implantado pelo Palácio do Planalto, aumentando impostos que sacrificam a classe média, sob a desculpa de que estaria criando alternativas para a perda da CPMF, veio exatamente do vice-presidente José Alencar, ardoroso defensor de uma Reforma Tributária ampla e responsável, ao declarar: "A questão tributária não será resolvida com esse tipo de remendo". É só o começo! Com o tempo, outros integrantes do governo Lulla, seja por honestidade de propósitos, tal como fez o vice-presidente, seja para criar dificuldades que possibilitem a barganha de novas benesses oficiais, tal como está ensaiando fazer o PDT, começarão a criticar publicamente o aumento dos impostos. Aliás, essa instabilidade constantemente enfrentada por Lulla em relação aos aliados, é conseqüência lógica da forma como foi montada sua base de apoio, no mais das vezes abrindo mão de compromissos ideológicos, para investir em acordos baseados no princípio do toma lá, dá cá.
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