Há algo em mim que não quer calar. Está sempre presente, embora eu insista firmemente em adormecê-lo. Muitas vezes, esta força reage com uma fúria que chega a assustar. Em outros momentos, é apaziguada pelo amor que não se cansa de se aproximar daqueles que necessitam urgentemente ser acalentados. Se luto ferozmente contra este ser indecifrável, ele toma enormes proporções, torna-se super-dimensionado. Se dou uma trégua e o deixo de lado, esquecido em um canto, seu poder se esvai. Dessa forma, é possível viver em liberdade por breves instantes. Forças opostas, antagônicas, podem ser chamadas de dualidade. Componentes da natureza humana, reinará absoluta a parte que for mais alimentada. Bem e mal, ocasionalmente andam de mãos dadas. Treva e luz habitando o mesmo espaço. Energias opostas, claramente contrárias, freqüentemente podem ser complementares. Nota do Editor: Sayonara Lino é jornalista.
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