Pior do que ver o venezuelano Hugo Chávez investindo fortunas na modernização das suas Forças Armadas, e ter de aturar guerrilheiros colombianos das FARC desrespeitando continuamente os limites territoriais do Brasil, é saber da penúria enfrentada pelos contingentes militares encarregados de manter a integridade da fronteira amazônica. Para que se tenha uma idéia da caótica situação em que estão as tropas brasileiras na região, basta dizer que se os soldados disponíveis fossem enfileirados ao longo dos 11.000 km de fronteira na Amazônia, teríamos uma sentinela a cada 8,5 km. Em suma, com o sucateamento das Forças Armadas brasileiras, atualmente enfrentando problemas com falta de homens, armas e infra-estrutura, nossas fronteiras estão extremamente vulneráveis, permitindo a passagem de todo tipo de contrabando, sejam armas e drogas, trazidas por narcotraficantes, sejam itens minerais e/ou da biodiversidade, levados por agentes de empresas multinacionais.
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