O que é? A febre amarela é uma doença infecciosa aguda, de curta duração, causada por um vírus que ocorre, principalmente, nas Américas Central e Sul, além do continente Africano. Ele prolifera pela picada do mosquito infectado, semelhante ao vírus da Dengue, e não existe transmissão de pessoa para pessoa. Transmissão Transmitida pelo mosquito do gênero Haemagogus, o ciclo do vírus se dá nas áreas silvestres, mantido através da infecção por macacos. Em humanos, a contaminação ocorre quando uma pessoa não imunizada entra em florestas e cerrados e é picada por algum mosquito infectado. A partir do momento em que o indivíduo contaminado retorna às áreas urbanas, pode servir de fonte de infecção para o mosquito Aedes Aegypti e iniciar o ciclo da febre amarela urbana. Principais sintomas Os principais sintomas são discretos e podem até ser assintomáticos. Surgem cerca de três a seis dias após a picada do mosquito infectado e as manifestações mais comuns são: febre alta de início de súbito, mal estar, calafrios, dor de cabeça e muscular. Cerca de 15% dos pacientes sintomáticos podem desenvolver a forma grave com vômitos, dor abdominal, icterícia (mucosas e pele amareladas) e manifestações hemorrágicas (sangramento de gengivas, nariz e urina). Tratamento Não existe tratamento específico, apenas sintomático. O paciente com suspeita de febre amarela deve procurar atendimento médico e evitar a automedicação. Os casos mais graves requerem internação hospitalar. Prevenção A principal forma de prevenir a doença é pela vacina, indicada para indivíduos que residem ou que irão para áreas de risco. Preferencialmente, deve ser feita com dez dias de antecedência à data da viagem e pode ser aplicada a partir dos nove meses de idade, com validade de dez anos. A vacina é contra-indicada em gestantes, pacientes com imunodepressão e alérgicos à gema de ovo. Áreas de risco No Brasil, as principais áreas de risco são: zona rural da região Norte, Centro-Oeste, estado do Maranhão, alguns estados do Piauí, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Nota do Editor: Drª Isabela Baraúna é médica infectologista do Delboni Auriemo.
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