Não exige prática nem experiência somente adicionar uma pitada de inteligência para abrir a janela da percepção. Não sendo possível basta somente abrir bem as orelhas e narinas e o milagre acontece, começa-se a perceber o que está acontecendo no mundo real. A concha auditiva fará com que o indivíduo perceba que é reivindicação antiga a publicação de calendário onde conste os eventos que acontecerão durante os 12 meses do ano. Se o indivíduo passar pela rua Taubaté com São José dos Campos sentirá um odor muito forte já que há anos estão despejando, sem a menor cerimônia, esgoto da “melhor qualidade” na vala de escoamento de águas pluviais que existe no local. Poucos ficaram sabendo do Festival da Índia que aconteceu dia 10, mas muitos tampam o nariz ao passar pela rua Taubaté. As festas populares, eventos esportivos e culturais de 2008 continuam segredinho. É natural que os promotores e organizadores tenham dificuldade para se comunicar e fazer a tabelinha, pois é bem provável que nem mesmo eles saibam o que vai acontecer. “...que tal ser amigo de Ubatuba? Não é uma boa idéia? Todos podemos ter desafetos, mas uma cidade não deve pagar por isso, lá, rá, rá.” O Island Escape deixou muito claro que com dedicação, empenho, suor e lágrimas a coisa pode acontecer, ninguém sabe melhor disso que o secretário municipal de Turismo, Luiz Felipe de Azevedo, o Felipe, o Felipão. Outra verdade é que sem a dedicação e trabalho do comodoro do Iate Clube Tamoios, que cedeu seu espaço para o desembarque e receptivo, a coisa toda ficaria muito complicada. O comodoro é o José Magalhães, o JJ, o Maga. É burrice insistir em uma Secretaria de Turismo fraca e isolada que não consegue nem fazer um calendário por não receber das outras as informações necessárias, assim como não é inteligente desprestigiar a iniciativa privada, porque sem ela pouco se faz. Não é coerente fazer uma campanha Verão Limpo 2008 em parceria com a Sabesp tentando conscientizar para a importância de praias limpas e a economia de água se ruas não são varridas e carecem de lixeiras; não é coerente ter um parceiro que esburaca as ruas e esbanja água, dias a fio, com os vazamentos de sua rede. Coerente foi a proposta de São Sebastião apresentada ao secretário Xico Graziano: ações preventivas de caça esgoto - intensificar fiscalização de cachorros nas praias; fiscalizar ambulantes para aderir a coleta seletiva -, adequar o sistema de acondicionamento e coleta para a reutilização da fibra de coco, melhor que nada. Fazer o básico não é tarefa para nenhum super-homem, qualquer um faz não sendo preguiçoso ou bocó, e o básico é: tampar os buracos das ruas, segurança pública, sinalização indicativa, lixeiras nas calçadas, saúde pública, cortar mato, disciplinar o tráfego de “bicicretas”, placas com os nomes das ruas, acesso às praias e bolsões de estacionamento, não permitir ambulantes que vendem alimentos, acabar com o derrame de esgoto nos rios, resgatar as cachoeiras, não criar pontos de estrangulamento para o trânsito de veículos, privilegiar o estético e o qualitativo blablablá...
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