Até que enfim algum congressista resolveu investir contra essa indecência em que se transformou a montagem das chapas para disputa do Senado, propondo a extinção das vagas de suplentes de senador. Antes, quando ainda existia ética na política, as vagas de suplentes eram ocupadas através de critérios ideológicos e eleitorais, com os escolhidos ofertando colaboração em termos de prestígio e capacidade de agregar votos. Agora, nestes tempos em que político sério entrou para a lista dos animais em extinção, a escolha dos suplentes foi deturpada, passando a obedecer interesses pessoais e/ou financeiros do candidato principal. Todos os atuais suplentes de senadores, salvo raríssimas exceções, ou são magnatas dispostos a pagar seu peso em ouro por uma vaga, ou são parentes próximos dos titulares, assim como acontece com Edison Lobão Filho, que assumirá o lugar deixado por seu pai, o senador Edison Lobão, recém empossado no Ministério de Minas e Energia. Isso é uma vergonha!
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