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Opinião
27/01/2008 - 05h56
Lulla visita Fidel encubado
Mario Guerreiro - Parlata
 

Mais uma vez a história se repete: entediado com Brasília, aquela enfadonha cidade-escritório, em que o passatempo é esperar disco-voador tomando guaraná, Lulinha Paz e Amor tomou uma Providência e depois muitas outras: entrou no Aerolula e mandou o piloto tocar para Cubanacan, misterioso país del amor. Pensando bem, há muito tempo que ele - tal como Chiquito Buarque, Chiquita Bacana e assemelhados - não fumava um charuto com El Coma Andante, que fumar não pode por recomendação médica, mas isso não o impede de receber visitinhas de compañeros de muchos años de luchas e falar pras tripas do judas, mais do que língua de sogra, grande falastrão que sempre foi e há de ser enquanto a língua não secar debaixo da terra ou mesmo em cima dela.

O encontro dos dois grandes líderes do comunismo internacional - explícito ou enrustido - foi secreto que nem o encontro de Napoleão com Mme. Le Normand, famosa cartomante a quem - notadamente contrariado pela buena dicha - o pequeno corso teria dito: "La fatalité, madame, c’est la politique!".

No entanto, sabemos que o encontro de Lulla e Fidell durou cerca de duas horas e meia, durante o qual este falou ao longo de espaçosas duas horas e aquele de exígua meia hora. Como se sabe, apesar de notório boquirroto, Lullinha Paz e Amor nunca foi páreo para El Coma Andante, mesmo estando este chumbado, com meia bota na cova.

Se foi longo ou curto, o bate-papo entre os dois eminentes estatistas [obs. é "estatistas" mesmo: estadistas foram Sir Winston Churchill e Baronesa Thatcher! God Save the Queen!], não sabemos dizer, mas sabemos que nosso impresidente, que nada preside, chegou a duas espantosas conclusões: que El Coma Andante está recuperando a saúde e que Cuba - mantida na UTI há bastante tempo - sem morrer nem sair de cima, graças ao dinheiro do ouro negro de Hugorilla Chavez - também apresenta alviçareiras melhoras econômicas. M’engana qu’eu gosto!

Se isto tivesse ficado só no gogó, teria sido mera propaganda comunista, mas o diabo é que - tal como Estado comercial fechado de Fichte e o Espírito Absoluto do Kaiserreich - isso teve suas conseqüências práticas e estas cortaram fundo na carne! Para dar aparência de credibilidade às suas duas bazófias: Lullinha Paz e Amor disse que iria jogar fora R$ 100.000.000,00 (Cem milhões de reais!), ou seja: iria investir tal quantia em Cuba! O my dog! Como quem investe investe em alguma coisa - assim é a regência do verbo, aprecie-se ou não - gostaríamos de saber: investir em que? Na produção de rum, de charutos ou na Universidade da América Latina, aquela fabriqueta poeirenta de decrépitos comunistas?!

Para concluir: Lulla confirmou o que sempre afirmamos e reafirmamos, diante das noviças irrebeldes, das santas ingenuidades e dos idílicos espíritos que nos cercam: que ele era tão comunista quanto Amenófis IV, perdão: Oscar Niemeyer, José Sarau Amargo - raios o partam! - e o Sub-Coma Andante Marcos de Chiapas, perdão: Sub-Coma Andante Zé Dirceu da Bruzundanga: E o que disse ele, afinal? "Sou apaixonado pela Revolução Cubana". Justifica-se, pois, o velho provérbio lusitano: Quem ama o feio belo lhe parece!

Apêndice I: liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós!

De acordo com o Índice de Liberdade Econômica da Fundação Heritage, o Brasil estaria ocupando o 1º lugar no ranking mundial em que foram avaliados 162 países, se não houvesse 100 países na sua frente! Não é nenhum Hong Kong, nenhuma Cingapura nem nenhuma Irlanda - o jovem e robusto Tigre Celta - mas em compensação também não é nenhum Haiti, Bangladesh ou Sudão. Porém, convenhamos, está mais perto destes do que daqueles.

Como todo mundo sabe - menos o Lulla que nada e de nada sabe - feito periodicamente, de modo a poder avaliar quem melhora e quem piora - o referido índice leva em consideração 10 fatores socioeconômicos tais como: carga tributária (em que a do Brasil é uma das mais, se não a mais pesada do mundo), corrupção (em que o Brasil não é nenhuma Finlândia em matéria de honestidade e lisura na ética pública), respeito ao direito de propriedade (em via de extinção no protocomunismo de Lulla, dos Sem Terra e dos Sem Vergonha) e leis trabalhistas (em que as brasileiras não tem nada de pró-comunistas, baseadas que estão na Carta del Lavoro de Benito Mussolini). Que vergonha! Até mesmo a Espanha abandonou suas leis trabalhistas arcaicas e o vetusto patrimonialismo ibérico! Resta apenas o da América Latrina.

E o que é mais chocante: Podemos afirmar, com toda propriedade da contundente asserção, que o Brasil está cada vez mais manietado. Perde gradativamente sua liberdade e, com um lindo sorriso imbecil nos lábios, trilha, a passos largos, o caminho da servidão de que fala Friedrich Hayek. Em 2003, aparecia no 58º lugar no ranking, caiu de colocação para 99º lugar em 2007 e agora está no 101º, junto com os países considerados não-livres. Aguardem dentro em breve o totalitarismo de esquerda!

Palmas para o Chile que Lulla tanto detesta! Este país - o mais livre e promissor da América Latina - está em 8º lugar, na frente da Suíça e do Reino Unido.

Apêndice II: nada mais legalmente e politicamente correto

Em sábia decisão histórica, certamente geradora de jurisprudência, o Ministério Público Federal acaba de arquivar, por falta de provas, a ação de preconceito racial movida contra a Ministra da Igualdade Racial de Lulla cujo nome não me lembro nem desejo lembrar.

Segundo o criterioso e zeloso Fiscal da Lei, o fato da supramencionada Ministra não considerar preconceito injúria, feita por um negro a um branco, não consiste em incentivar o inafiançável crime de discriminação racial.

Todo mundo sabe que preconceito racial, por definição, não comporta simetria: só se caracteriza quando é feito por um branco contra um negro, não o contrário! [Judeus, brancos que são, que se cuidem!]. Data maxima venia, assim é a lei, na opinião dos mais doutos jurisconsultos pátrios e assim é o papel dos Promotores de Justiça, o de zelar por seu fiel cumprimento.

Corretíssimo! Chamar um indivíduo de "branco azedo", "branco xexelento" e expressões do gênero não é ofensa, e tanto é assim que expressões desse quilate ocorrem a toda hora nas novelas da TV Globo, como, por exemplo, naquela em que a quenga de rua, a mulata Bebel, (representada por Camila Pitanga) enciumada chamava de "branca azeda" (Guilhermina Guinle) a namorada de seu freguês fixo, Otavinho (Wagner Moura). Um novelista a TV Globo - com a conivência da mesma - jamais incentivaria a luta de classes, perdão: "luta de raças".


Nota do Editor: Mario Guerreiro (xerxes39@gmail.com) é Doutor em Filosofia pela UFRJ. Professor Adjunto IV do Depto. de Filosofia da UFRJ. Ex-Pesquisador do CNPq. Ex-Membro do ILTC [Instituto de Lógica, Filosofia e Teoria da Ciência], da SBEC. Membro Fundador da Sociedade Brasileira de Análise Filosófica. Membro Fundador da Sociedade de Economia Personalista. Membro do Instituto Liberal do Rio de Janeiro e da Sociedade de Estudos Filosóficos e Interdisciplinares da UniverCidade. Autor de obras como Problemas de Filosofia da Linguagem (EDUFF, Niterói, 1985); O Dizível e O Indizível (Papirus, Campinas, 1989); Ética Mínima Para Homens Práticos (Instituto Liberal, Rio de Janeiro, 1995). O Problema da Ficção na Filosofia Analítica (Editora UEL, Londrina, 1999). Ceticismo ou Senso Comum? (EDIPUCRS, Porto Alegre, 1999). Deus Existe? Uma Investigação Filosófica. (Editora UEL, Londrina, 2000). Liberdade ou Igualdade (Porto Alegre, EDIOUCRS, 2002).

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