O título deste texto não tem nada a ver com o bom filme estrelado por Mel Gibson (dono de uma das fazendas visitadas por ETs que faziam em suas plantações, desenhos geométricos e incógnitos, de grandes proporções, derrubando milimetricamente milhares de pés de milho. Sinais... Os sinais aos que pretendo me referir são os que justificaram e ampararam a fundação da COMTUR (Companhia Municipal de Turismo de Ubatuba), a aproximadamente 15 longos (e desperdiçados) anos. É verdade que as crises, provocam e exigem soluções. Naquela época, fomos assediados por um crescente número de ônibus de turismo de um dia (chegamos a contar 396 deles com um total aproximado de 15.000 pessoas), que insistiam em chegar nas madrugadas dos domingos espalhando pessoas por toda parte e, recolher-se parte no Terminal do Perequê-Açú (construído para receber apenas 40 ônibus) e, parte (a grande maioria), orientada por fiscais da prefeitura (alguns até de bom grado, acreditam?) em um camping particular, na mesma praia, que oferecia "banho e privada" a preços módicos, sem que tivesse qualquer instalação própria ou adequada para tanto. Assim, a primeira descarga puxada pela cordinha (ensebada) era o sinal para que o esgoto transbordasse e, aflorado, suas fétidas águas, céleres, rumassem em direção ao mar! Dentro dos domínios, do tal camping, reinavam, autorizados pelo "dono" do local e com exclusividade, mediante, é claro, a uma pequena contribuição pecuniária (e muito longe da fiscalização sanitária) inúmeros carrinhos de bebidas variadas (da branquinha purinha à loirinha quase gelada) lanches, milho e pamonhas, bolos, doces e demais produções de salmonelas, as já "famosas" butiques azuis com suas quinquilharias paraguaias. Uma simbiose! Um paraíso?! O cenário não era nada diferente no Terminal. Estes tais 400 ônibus retornavam praticamente juntos no final das tardes dos domingos, e para vencer as 54 lombadas existentes, na época, até Caraguá, formavam uma fila interminável e intransponível, que afugentaram todos os turistas e veranistas que pretendiam vir passar o final de semana em Ubatuba. As taxas de ocupação despencaram junto com o faturamento de todo o comércio (aquele comércio legalmente estabelecido; não os clandestinos que sempre estão sob lei de Gerson!) Esta condição insustentável e a proposta de planejar o crescimento ordenado da atividade turística provocaram inúmeras reuniões com o prefeito José Nélio de Carvalho que redundaram na idéia e criação da COMTUR. Seus parâmetros e preceitos básicos foram "copiados" da experiência de sucesso comprovado da COMTUR de Santa Catarina. Alguns bem intencionados hoteleiros, restauranteiros e comerciantes, dispuseram-se (sem remuneração alguma) a investir nela tempo, fosfato, materiais e trabalho duro (e, porque não, perigoso?). Os escassos recursos (vindos da integralização de alguns, pois a majoritária Prefeitura só o faria muitos anos depois) nunca eram suficientes para o mínimo. O mínimo para dar "partida" na realizadora de "sonhos". Destes primeiros passos para contenção daquele caos planejou-se a ZIT (Zona de Interesse Turístico), onde se aplicaria a cobrança de estacionamento, mediante contra prestação de serviços. Inicialmente ofereceríamos primeiros socorros, seguros, sanitários, chuveiros etc. Em um segundo momento urbanização e demais serviços. Tínhamos em vista um bom parceiro, uma instituição bancária que ofereceria recursos iniciais em troca da administração financeira e do recebimento dos tickets. Transparência! Eram bons sinais! O que deu errado? Absolutamente nada!!! O erro maior foi que, mesmo naquelas dificílimas condições, ela (COMTUR) daria certo! Isso mesmo. Uma "coisa" que daria certo. Esta condição produziria resultados satisfatórios. Resultados que só não interessariam (como sempre) a aqueles que nada fazem e nada sabem fazer. Temos estoques deles. Aqueles narcisos que se escondem por detrás de palavras escusas, da inveja incontrolável e, do maldizer. São inertes, chupins e incompetentes. Deste ponto da história, todos os sucessores da COMTUR, que dela participaram, poderão facilmente, continuar este texto. Continuar a escrever esta história. Poderão também escrevê-la seus detratores e algozes. Por que não? Só se lhes faltar informações ou mesmo coragem! No silêncio, um dia eu em conto tudo! Tintim por tintim. Bom, nesta curtíssima temporada 2008, que já se finda, também vejo os SINAIS. Sinais que trazem a luz e mostram o que somos agora. Sinais de como vivemos e do que estamos nos dispondo a sofrer e aceitar, por "uns poucos dinheiros". O comportamento tresloucado, mal-educado e sem respeito pela nossa cidade e por nossa população de uma grande parcela que nos visita é o reflexo e a resultante daquilo que nos permitimos. São Sinais. Maus sinais!!! Sinais claros do que estamos desenhando na plantação do nosso futuro. Serão estes, os sinais que deixaremos marcados para serem vistos das alturas, para os filhos desta terra que amamos? Serão estes os sinais que deixaremos como herança? São muitos os sinais. Façamos os nossos sinais. Coragem! Deixem suas marcas. Façam os seus sinais!