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SEÇÃO
Crônicas
08/02/2008 - 11h00
Bela Maria, Maria Bella
Sayonara Lino
 

Era ela, somente ela, multifacetada. Alegre, mas com um toque de melancolia, sorriso aberto, olhos nos olhos. Tentando se mostrar mais dócil do que realmente era, estava difícil sustentar o papel por mais tempo do já havia suportado. Maria Bella estava lutando para estancar a ferida que não parava de arder, de incomodar. E quanto mais ela se empenhava em amenizar os diversos golpes que sofrera ao longo dos anos, mas principalmente nos últimos meses, o vulcão interno borbulhava, prestes a entrar em erupção. Ela não queria se render, mas foi arrebatada pelas pressões do cotidiano que, paulatinamente, minavam suas forças. Queria ser tenaz, mas já não havia como se segurar. Pisava em areia movediça. Suas aspirações e anseios por uma vida mais feliz, com realizações em todas as esferas, desapareciam, eram como uma miragem que evaporava na primeira tentativa de ser tocada. Já não era possível idealizar, sonhar. A realidade veio à tona, cruel, impiedosa. Maria, enfim, despertou.

De menina, transformou-se em uma mulher corajosa, desperta, atenta a tudo, nos mínimos detalhes. Não deixava nada para depois. Temia que pudesse ser tarde demais. Parou de derramar lágrimas inférteis e inúteis que serviam tão somente para alimentar e fortalecer os adversários, aqueles que desejavam com ardor sua queda e amargura. Mudou de hábitos, não arregou, lutou por tudo aquilo que considerava correto e de direito. Passou a contemplar o belo, tudo o que pudesse acalentar sua alma e amenizar sua revolta. Enfrentou com muita propriedade todas as situações que evitara por puro medo de ser massacrada, ainda mais desrespeitada e abandonada de vez.

Pouco a pouco, se recompôs, se restabeleceu e encontrou seu "porto seguro". Todos têm seu lugar na vida e, com Maria Bella não iria ser diferente. O que poderia ser sua derrocada transformou-se em oportunidade de ascensão, maturidade e progresso. Aquele corpo diáfano ganhou nova tonalidade. Transcendeu, evoluiu, amadureceu. Não apresentava sinais de vulnerabilidade. "Endurecer, mas sem perder a ternura". Eis o resultado dos esforços de Maria, bela Maria, Maria Bella.


Nota do Editor: Sayonara Lino é jornalista.

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