Depois que surgiram informações sobre o mau uso dos cartões corporativos por parte de ministros e outros altos funcionários da República, inclusive com comprovações de que foram usados para pagar despesas pessoais e mordomias familiares, fica fácil entender porque tanta briga na base de apoio do governo Lulla, sempre que surge a possibilidade de nomear alguém. Mais do que isso, talvez esclareça o que motiva tantos deputados e senadores a abrirem mão do exercício do mandato, função pela qual recebem salários e benefícios dignos de marajás, para fazer o "sacrifício" de assumir ministérios e estatais, onde, pelo menos oficialmente, ganharão menos. Será que são impelidos pela possibilidade de usufruir do salário indireto representado por esses tais cartões corporativos, que além de permitir ganhos ilimitados, tem a vantagem de ser um rendimento não tributável? Daqui a pouco vai ter gente querendo abrir mão do salário, só para que possa participar da farra dos cartões corporativos.
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