Um assunto que esbarra na linha que divide o conservadorismo e o liberalismo, o bem-estar e a higiene. É muito discutido nos dias de hoje se é normal em algumas ocasiões a mulher deixar de usar a calcinha.

Na própria mídia das celebridades vemos alguns exemplos de mulheres que não usam calcinha e constantemente são flagradas. Juliana Paes, Adriane Galisteu, Flávia Alessandra e Britney Spears, por mais de uma vez, foram flagradas sem nenhuma "proteção" por debaixo de saias e vestidos. Mas por que será que elas aboliram a calcinha? Uma das explicações possíveis é aquele terrível medo de que a peça íntima marque a roupa, e assim, acabe de vez com todo o glamour do visual.

A ginecologista e sexóloga Ângela Carvalho considera que a calcinha passou a ser uma peça importante do vestuário feminino a partir do momento em que as mulheres começaram a utilizar saias mais curtas e calças compridas. No caso do micro vestido, a calcinha tem o objetivo de "esconder" os órgãos genitais femininos, de olhares curiosos, e, no caso da calça, o de proteger a mucosa genital, já que as calças compridas costumam ser justas e de tecido grosso e áspero, como é o caso do jeans.

No entanto existem calcinhas e calcinhas. “Creio que para o dia-a-dia o ideal seja vestir calcinhas de tecido natural (100% algodão), de tamanho adequado e confortáveis. Já para roupas mais justas e tecidos transparentes estaria indicado o uso de peças sem costuras marcantes”, diz.

“Para os momentos mais eróticos nada melhor que as peças de lycra ou renda, de cores alegres, podendo ser mais cavadas. Uma boa sugestão para jogo de sedução, tão bem conhecido por nós, mulheres”, comenta a sexóloga Ângela.

A ginecologista recomenda que o hábito de dormir sem calcinha, pode ser saudável, pois permite equilíbrio da flora vaginal.

"No entanto, cabe à mulher, usá-la com bom senso, ou seja, com charme, elegância e sensualidade. Optar por não usar a calcinha pode ser interessante, no momento certo, até mesmo como jogo de sedução, mas jamais com vulgaridade e exibicionismo", conclui Ângela.