As gôndolas nos supermercados anunciam à chegada da Páscoa. É impossível não notar a presença dos tradicionais ovos de Páscoa habitué nesta época do ano. Para atender ao consumidor, a cada ano, as indústrias desta iguaria, recicla a tradicional fórmula do chocolate ao leite, oferecendo novos tamanhos, sabores (cereja, trufado, frutas vermelhas, creme com passas etc.), e combinações cada vez mais exóticas (chocolate com pimenta, chocolate com nozes etc.). Existem consumidores que torcem o nariz, dizem que chocolates engordam, estimulam aparecimento de espinhas, diminuem ansiedades etc., mas é certo que no meio de tantas contradições, a grande parte da população brasileira é adepta à cultura do consumo do chocolate na Páscoa.

Os chocolates mais consumidos nesta época são os chocolates ao leite, amargo, meio amargo e chocolate branco. Cada 100 gramas de chocolate ao leite, corresponde a 522 kcal (calorias), enquanto o chocolate meio amargo, em média 504 kcal (calorias). Os ingredientes responsáveis pela fórmula do chocolate ao leite são basicamente: massa de cacau, manteiga de cacau, açúcar e leite. Porém é necessário que o consumidor esteja atento e saiba o que são mitos e realidade sobre o chocolate, antes do seu consumo.

Pessoas com elevadas taxas de gordura no sangue e que enfrentam problemas com a balança, devem comer chocolate com equilíbrio, porque há um elevado teor energético (calorias), em função de seus nutrientes (gordura saturada, gorduras totais, carboidratos, açúcar etc.).

A nutricionista Mônica Gusmão, da Consultoria em Saúde e Nutrição SPRIM Brasil, diz que o consumo exacerbado de chocolate, principalmente ao leite e branco, deve ser evitado por pessoas com problemas cardiovasculares. As gorduras saturadas presentes nestas versões, aumenta as chances do desenvolvimento de aterosclerose (acúmulo de placas de gordura nas artérias do coração e do cérebro), responsável pelos derrames e infartos. Pessoas com problemas no fígado podem ter complicações por conta do excesso de gordura. Diabéticos devem ficar atentos para consumirem apenas os chocolates diet, que não possuem adição de açúcar. Aos consumidores com intolerância à lactose, é sugerido substituir os chocolates comuns por chocolates à base de soja. Os alérgicos ou intolerantes a algum composto na formulação, podem apresentar enxaquecas, ou irritação na pele.

Por outro lado, o consumo moderado do chocolate trás benefícios a saúde de pessoas sadias. "O chocolate além de fornecer energia, é fonte de vitaminas (B2 e B6) e minerais, como cálcio (chocolate a leite), fósforo, magnésio e zinco", informa Mônica Gusmão. Nos chocolates amargos, há estudos que indicam a presença de antioxidades flavonóides, que reduz o risco das doenças cardiovasculares. Outros estudos apontam que o chocolate possa ter influência na melhora do humor, estimulando a liberação de endorfina, um neurotransmissor produzido pelo organismo, e que após o consumo de alimentos palatáveis, aumenta a sensação de bem estar e eleva a disposição mental.

A recomendação para os apreciadores do chocolate que não querem abrir mão de saboreá-lo na Páscoa é, a ingestão com cautela, comer pequenos pedaços e deixar outro pedaço para mais tarde. Dar preferência a versões light, que são menos gordurosas e calóricas. Compare a tabela nutricional dos tipos e marcas disponíveis no mercado e, veja qual a mais saudável. "Cuidado aos chocolates diets, destinados a diabéticos. Mesmo com a ausência de açúcar, o seu valor calórico é praticamente o mesmo, já que é adicionada mais gordura que nos chocolates clássicos", finaliza a nutricionista Mônica Gusmão.