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Opinião
28/02/2008 - 19h12
Celibato: um gesto de amor
Felipe Aquino
 

Durante o 12º Encontro Nacional de Presbíteros, realizado recentemente em Itaici (Indaiatuba-SP), foi apresentado um documento que propõe ao Vaticano algumas mudanças, como a busca de alternativas para o celibato sacerdotal, a ordenação de homens casados e a readmissão de padres que deixaram suas funções para se casar. Os padres não sugerem a abolição total do celibato, mas que ele passe a ser opcional.

O documento será enviado à Sagrada Congregação para o Clero (Roma), presidida pelo cardeal D. Cláudio Hummes, ex-arcebispo de São Paulo. As reivindicações parecem no mínimo inoportunas, já que contrariam normas em vigor na Igreja e confirmadas recentemente. Claro está que a Igreja não tem intenção de alterar essas medidas.

O último Sínodo dos Bispos sobre a Eucaristia confirmou o celibato. O Papa Bento XVI também manifestou sua opinião na Exortação Apostólica pós-sinodal "Sacramentum Caritatis" (22/2/2007): "Os padres sinodais quiseram sublinhar como o sacerdócio ministerial requer, através da ordenação, a plena configuração a Cristo... é necessário reiterar o sentido profundo do celibato sacerdotal, justamente considerado uma riqueza inestimável e confirmado também pela prática oriental de escolher os bispos apenas de entre aqueles que vivem no celibato, indício da grande honra em que se tem a opção do celibato feita por numerosos presbíteros".

O Papa continua: "Com efeito, nesta opção do sacerdote encontram expressão peculiar a dedicação que o conforma a Cristo e a oferta exclusiva de si mesmo pelo Reino de Deus. O fato de o próprio Cristo, eterno sacerdote, ter vivido a sua missão até ao sacrifício da cruz no estado de virgindade constitui o ponto seguro de referência para perceber o sentido da tradição da Igreja Latina a tal respeito. Assim, não é suficiente compreender o celibato sacerdotal em termos meramente funcionais; na realidade, constitui uma especial conformação ao estilo de vida do próprio Cristo. Antes de mais, semelhante opção é esponsal: a identificação com o coração de Cristo Esposo que dá a vida pela sua Esposa. Em sintonia com a grande tradição eclesial, com o Concílio Vaticano II e com os Sumos Pontífices meus predecessores, corroboro a beleza e a importância duma vida sacerdotal vivida no celibato como sinal expressivo de dedicação total e exclusiva a Cristo, à Igreja e ao Reino de Deus, e, conseqüentemente, confirmo a sua obrigatoriedade para a tradição latina. O celibato sacerdotal, vivido com maturidade, alegria e dedicação, é uma bênção enorme para a Igreja e para a própria sociedade."

Bento XVI defendeu de maneira contundente a necessidade do celibato para o clero. Por isso, parece de todo inoportuno e inadequado que os representantes dos Presbíteros queiram retomar o assunto há tão pouco tempo debatido e confirmado pelo Pontífice. Não há como não ver nisso certa discordância em relação ao Magistério da Igreja - algo que infelizmente fomenta certo mal-estar e agitação no povo de Deus.


Nota do Editor: O professor Felipe Aquino é teólogo e apresentador dos programas ’Escola da Fé’ e ’Trocando idéias’, na TV Canção Nova (www.cancaonova.com).

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